No Dia Internacional da Mulher, é inspirador destacar histórias de mulheres que, além de suas contribuições pessoais e familiares, se dedicam ao bem-estar de suas comunidades.
Shana Ramthun, primeira-dama de Pomerode, é um exemplo desse espírito de dedicação e liderança. “Nós mulheres temos que entender a nossa importância, que é significativa para nossa família, para nossos amigos e para nossa comunidade. Todas nós podemos fazer algo para melhorar a vida de alguém.”
Com uma trajetória marcada pelo voluntariado e pelo apoio à família, Shana representa a força e a resiliência das mulheres de sua cidade e além. Formada em pedagogia, com pós-graduação em psicopedagogia, sua carreira tomou um rumo diferente. “Sempre trabalhei na área administrativa financeira de empresa e agora tenho orgulho em dizer que sou dona de casa.”
Voluntariado: um legado de família
A história de voluntariado de Shana começou na infância, influenciada pelos exemplos de seus pais. “Meus pais eram muito envolvidos em ações voluntárias. Minha mãe era professora e diretora, por isso, sempre muito participativos na questão escolar do município. Também atuavam muito forte em ações da comunidade da Igreja Católica da qual fazíamos parte.”
A prática do bem se tornou parte de seu DNA, e ao lado de seu marido, Rafael Ramthun (prefeito de Pomerode), Shana continua esse legado com naturalidade e dedicação. “Quando nos casamos, nós continuamos nesse caminho, isso foi algo muito natural para os dois.”
E foi através do voluntariado que Shana conheceu e se apaixonou pelo trabalho desenvolvido pela Associação Pomerode Futsal (APF). Iniciado há quase 14 anos, a APF se tornou uma referência, não apenas no esporte, mas também em ações sociais. “Hoje ele é uma referência, não apenas em Pomerode. Temos muitos atletas, ajudamos as crianças e muitos pais nos procuram.”
Segundo a voluntária, muitos foram os projetos realizados pela APF como campanhas para fornecer cestas básicas, ajudar crianças sem condições de comprar tênis para jogar futsal e até mesmo auxiliar financeiramente em necessidades médicas. “Muitas das nossas ações são internas e acabam não sendo divulgadas, mas a gente sempre estava envolvido nessas situações de ajudar as crianças.”
Uma parceria forte
Muito antes der se tornar primeira-dama, a parceira e a união entre Shana e Rafael já era uma marca registrada do casal. “O Rafael me incentiva, ele é muito positivo, ele não deixa a peteca cair, e para mim ele é um exemplo e me motiva a ser cada vez mais forte”, declara.
Shana fala com carinho sobre seu papel como mãe de Rafael Ramthun Júnior, o Rafinha como é conhecido. Segundo ela, o único filho do casal, está longe de casa seguindo seus sonhos. “O Rafinha é um menino que se tornou um homem. Em outubro, ele completa 20 anos e decidiu seguir carreira no futsal. Atualmente está jogando fora do país.”
O apoio incondicional à jornada de Rafinha, é um reflexo da educação e do amor que Shana e Rafael proporcionam ao filho, enfatizando sempre o respeito mútuo. “Ser mãe do Rafinha é o papel que mais me preenche. Apoiamos seus sonhos, mesmo que isso signifique tê-lo longe de casa. O respeito e o amor são fundamentais em nossa relação.”
Sobre seu casamento, Shana destaca a importância da comunicação respeitosa e construtiva em seu relacionamento, um pilar que os sustenta em todas as decisões. “A gente sempre tomou todas as decisões aqui em casa juntos, em tudo. Questões profissionais, do nosso filho, sempre conversamos muito e o nosso relacionamento sempre foi embasado no diálogo, na parceria e no respeito.”
Então, quando Rafael se candidatou pela primeira vez, Shana sempre esteve ao seu lado e, por vezes, assumindo o papel de protagonismo. Isso fez com que todo o processo político se tornasse um importante capítulo na história de união do casal. “Isso sempre nos motivou e cada fase foi de muito aprendizado. Ainda estamos aprendendo muita coisa e como funciona o setor público, nem tudo é tão simples como a gente gostaria, mas estamos bem motivados”, garante.
Assumir o papel de primeira-dama de Pomerode tem sido uma experiência de grande aprendizado para Shana. “Para mim é uma alegria e uma honra representar essa cidade maravilhosa, as nossas mulheres de Pomerode e dizer que eu sou uma delas.”
A primeira-dama explica que mantém suas raízes como dona de casa e gestora de seus negócios, equilibrando essas responsabilidades com suas atividades na Prefeitura. “Eu tenho as mesmas tarefas do dia a dia e sou dona de casa. Aliás, adoro cuidar da casa e não tenho ninguém que me ajuda, faço tudo sozinha, o almoço de todo dia, limpo a minha casa, lavo, passo.”
Mesmo com todas as tarefas diárias, sempre que pode Shana é vista na Prefeitura, seu papel, é ouvir anseios e procurar por melhorias. “Toda semana eu dou um pulo lá e vejo quem precisa de mim. Se alguém tem alguma sugestão ou alguma crítica, e eu acredito que o meu papel tem sido bem importante nessa situação, de conversar com os funcionários e mostrar que nós somos uma equipe, que somos todos iguais.”
Além de ouvir, Shana garante que tudo é levado para discussão com Rafael e o secretariado. “Eu não tenho nenhum cargo efetivo e também não pretendo ter, mas gosto e estou trabalhando muito nos bastidores. A gente realmente está arregaçando as mangas e trabalhando muito mesmo para a nossa cidade.”
Mensagem para as mulheres
No Dia Internacional da Mulher, Shana deixa uma mensagem de encorajamento às mulheres de Pomerode: “Não percam a vontade de viver, a vida é linda. Somos guerreiras, fortes e capazes de ver a vida com amor e leveza.”
Para Shana, o papel da mulher na sociedade é multifacetado e igualmente valioso em todas as suas formas, seja como dona de casa, secretária, professora, médica ou auxiliar de limpeza. “Minha mensagem é para que as mulheres consigam ver que tudo o que elas fazem é muito importante, independente de onde elas estiverem.”
A primeira-dama defende também que as mulheres se amem e se respeitem, reconhecendo a importância de suas contribuições e caminhando lado a lado com os homens em igualdade de potencial. “Acredito que podemos fazer um trabalho lindo dentro das nossas casas, das nossas famílias, dos nossos locais de trabalhos e das nossas comunidades.”
