Durante trajetória no Restaurante Lunge, Preta conquista paladares, espalha sorrisos e coleciona novos amigos
Por: Redação TN

Amor como tempero: ao completar 25 anos no Restaurante Lunge, Preta fala sobre os segredos da sua rotina de bom humor na cozinha.
Que a alegria é um poderoso antídoto contra os males todos já sabem, mas que ela também pode ser um tempero gastronômico maravilhoso aprendemos com Evanir da Silva, mais conhecida como Preta, chefe de cozinha do Restaurante Lunge. Recentemente, ela completou 25 anos de uma linda trajetória construída ao lado dos proprietários, chefes e amigos Rubens e Dorly Lunge.
Parece um contrassenso, mas o fato é que após se deliciar com os pratos servidos no local, é impossível não sair de lá mais leve. Isso só é possível graças à energia esbanjada pela equipe e, especialmente, por Preta. O sorriso largo e a alegria em cada palavra ficam visíveis até mesmo por trás da máscara, tão necessária nos dias atuais.
Preta conta que nem sempre a vida é fácil, mas como reclamar nunca lhe produziu resultados benéficos, a opção foi a de levar os dias com leveza, positividade e muita dedicação ao que faz. O resultado é um carisma que cativa os clientes do restaurante e os transforma em verdadeiros amigos. “Há pessoas que vêm aqui todos os dias, eu não consigo vê-los ou tratá-los apenas como clientes, acabam virando amigos, quase família. Sempre converso com eles, fazemos brincadeiras e damos muitas risadas”, revela.
Natural de Trombudo Central, a chefe de cozinha se mudou para Pomerode há aproximadamente 27 anos. Foi na cidade mais alemã do Brasil que ela começou a ter contato com a gastronomia. O início ocorreu por sorte, necessitando de um emprego, entrou para a equipe de outro restaurante que funcionava no mesmo local. Quando o empreendimento migrou para outro espaço e o Restaurante Lunge passou a funcionar ali, Preta ficou para se tornar auxiliar de cozinha. E lá se vão 25 anos de muito crescimento profissional. “Aprendi muito com a Dorly e com o Rubens.”
Matheus Kurth /Parceria: ao lado do casal Dorly e Rubens, Preta comemora o crescimento profissional e os amigos que fez ao longo dos anos.
Dorly lembra que quando o restaurante foi transferido para o atual ponto, recém havia tido o filho mais novo e precisava de mais uma ajudante de cozinha, foi então que conheceu Preta. “Inicialmente ela trabalhava à noite, depois necessitamos de mais alguém para ajudar ao meio-dia e ela trocou de turno”, explica.
Aos poucos, a relação de trabalho foi ganhando contornos de amizade, sempre baseada no respeito e na parceria. Atributos que possibilitaram superar as dificuldades que surgiram nessas duas décadas e meia.
Do desafio de passar de ajudante à cozinheira, Preta lembra-se do receio inicial e da alegria de quando tudo corria bem. “Na primeira vez que eles me pediram para cozinhar de fato, aceitei o desafio, mas senti muita insegurança. Eu chegava às 8h da manhã e ficava rezando até às 11h para que a comida saísse direitinho”, confidencia.
Além do tempero que conquistou paladares, o diferencial de Preta ao longo anos tem sido a alegria. “Minha comida é bem temperada, mas posso dizer que a verdadeira marca registrada é a palhaçada. Senso de humor é tudo, se não estiver de bem com a vida, acho que vou errar até o ponto do sal.”
Já para Dorly, a marca registrada de Preta é o amor. “Ela gosta do que faz e acredito que isso é fundamental”, destaca.
Matheus Kurth /
Sempre bem humorada, Preta brinca com todos que passam pelo restaurante e é nessa relação de carinho que encontra a inspiração para criar novos pratos. “Eu olho e penso: preciso inventar algo diferente. Então inicio a preparação e nós provamos lá na cozinha, se ficar bom, incluímos no cardápio”. A mais recente é o pastel de paçoquinha. “Já existe, mas farei o meu, sem copiar a receita de ninguém. O grande objetivo é que o cliente goste e sempre queira voltar”, explica.
Atualmente, Preta divide as atenções e o amor entre o trabalho e a filha, de quem sente muito orgulho. Quando perguntada o que o restaurante Lunge significa para ela, prontamente responde: “Para mim é tudo, é graças a isso que tenho o que tenho e sou quem sou. É muito gostoso estar aqui, não me imagino em outro lugar”, afirma.
Das alegrias que o local lhe proporcionou, a maior é a amizade. Seja com os clientes, com a equipe ou com os proprietários. Sobre isso, Dorly completa: “é uma amizade que criamos e espero que dure para sempre”, reitera.