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A educação tem que ser prioridade, diz professor

Antonio Correa de Oliveira, 65 anos, professor de 1ª a 4ª séries completou 47 anos de atuação na profissão. Sem contar o salário, não se lembra de nenhum momento triste na carreira. Apesar de ser considerado sério, Antonio diz que a filosofia de vida sempre foi: “Se a vida é uma viagem, eu estou de passageiro e não levo as coisas tão a sério assim”, diz sorridente. Mas um dos segredos ele conta que para atuar como professor é preciso gostar do que faz e ter uma paciência “desumana”.

Ao falar sobre a educação, Antonio comentou sobre a recente divulgação do resultado do relatório encomendado pela empresa Pearson à Economist Intelligence Unit, braço de pesquisas do grupo Economist, o país ficou em 39º lugar de um total de 40 nações avaliadas. Sem surpresas, Finlândia e Coréia do Sul conquistaram os primeiros lugares e o Brasil só ficou a frente de Indonésia, atrás de México e Argentina. O experiente professor disse que para melhorar a questão da educação é preciso valorizar o professor, no que refere ao salário e também com relação às condições de trabalho, cursos e outros incentivos.

Nascido em Benedito Novo, mas criado em Pomerode, o professor aponta muitos problemas na educação brasileira, diferente de região para região. “Existem duas teorias: 1) O próprio governo fomenta porque quanto mais ignorante o povo mais fácil de manipular; 2) Qualquer um que exija do aluno seriedade nos estudos parece como punição e a família não aceita. Para se educar é preciso dizer: não”, ensina.

Antonio trabalhou além de Pomerode na cidade de Campos Novos, Taió e Rio do Sul. A partir de 1984 também exerceu o cargo de diretor. Não deixou de tecer elogios para Pomerode que segundo ele, tem uma educação diferenciada com cursos de atualização. “Em Pomerode também as Associação de Pais e Professores – APPs são atuantes e têm vontade de acertar. Isso ajuda muito e reflete no bom nível da cidade!”.

Confere às décadas de 70 a 80, um retrocesso com o avanço progressivo, quando as notas eram trocadas por conceitos. Isso refletiu na educação até hoje com os analfabetos funcionais, ou seja, o aluno sabe ler, mas não sabe interpretar.

Antonio confessa que até quis ser policial, esteve na academia, mas abdicou de seguir a carreira na preferência pelo magistério. “Financeiramente errei na opção, pois quem estudava comigo na Academia de Polícia, hoje se aposentou bem em relação a minha aposentadoria de professor. Mas mesmo assim faria tudo de novo. Aprendi ainda na faculdade que educar é antes de mais nada, um ato de amor”.

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