O jovem Carlos Henrique de Morais, 19 anos, foi diagnosticado com anemia aplásica, uma doença rara e muito grave, que causa a falência da medula. “Ela não produz os componentes suficientes. Hoje a medula do Carlos está funcionando com apenas 5% de sua capacidade”, explica a irmã, Deborah Evelyn Cachoeira.
O quadro foi descoberto após uma cirurgia de emergência de apendicite, realizada no dia 29 de abril desse ano. Antes do procedimento, a equipe médica solicitou alguns exames e percebeu que a quantidade de plaquetas no sangue de Carlos estava muito abaixo do esperado. “Então, antes da cirurgia, ele precisou receber uma transfusão de sangue. Após o procedimento, novos exames confirmaram que as plaquetas, leucócitos e hemoglobina do Carlos não aumentavam.”
Os médicos analisaram todos os sintomas e condições clínicas, e orientaram a família para que o tratamento começasse o quanto antes. De acordo com a irmã, a medicação necessária para que o quadro de Carlos apresente melhoras é cara e a expectativa é que comece a dar resposta entre três e seis meses após o início da sua administração. “Caso o corpo não reaja, precisaremos fazer o transplante de medula, pois a cura efetiva é somente com este procedimento. Porém, as médicas que o acompanham têm muita esperança de que ele responderá bem ao tratamento, mas ele precisa iniciar a medicação com agilidade, pois assim a sua medula poderá voltar a produzir o que é necessário”, conta.
Desde o diagnóstico, a família iniciou uma verdadeira corrente do bem e contra o tempo para ajudar no tratamento do jovem. A medicação, que não é disponibilizada gratuitamente pelo Governo, é conseguida de duas formas: uma é a aquisição particular e a outra é por meio de uma intervenção judicial. “Cada caixa com 14 comprimidos do Eltrombopague Olamina de 50mg custa hoje R$ 5.600,00 e desta medicação ele precisa tomar três comprimidos ao dia.”
Os familiares de Carlos já iniciaram o processo de envio da documentação necessária para que haja a liberação pelo Governo, mas a resposta ainda é aguardada. “Toda a papelada já foi organizada e aguardávamos a resposta positiva do governo, porém, isso não aconteceu.”
Por isso, foi lançada uma vaquinha on-line com o intuito de arrecadar os valores para o tratamento de Carlos. “Decidimos criar a campanha porque assim achamos que poderíamos alcançar mais pessoas e conseguir o valor necessário para que o tratamento inicie com urgência”, afirma Deborah.
Inicialmente, a vaquinha tinha como meta arrecadar R$ 20 mil, mas por conta da negativa que a família recebeu, foi ampliada para R$30 mil. Ela conta com 380 apoiadores e alcançou o valor de R$ 26 mil até a quarta-feira, dia 15. “Sabemos que temos muitas mãos que nos ajudarão e pessoas boas que estão se solidarizando com o que meu irmão está passando. Muitos estão fazendo orações, compartilhando a história e nos auxiliando. Gostaria de agradecer a quem está nos apoiando neste momento difícil e pedir que esta história alcance muitas pessoas e que todos, de alguma maneira, possam fazer a sua contribuição”, reforça.
Para quem quiser contribuir, basta acessar aqui.
Conteúdo atualizado em 15 de junho de 2022.