Desde novembro de 2020, o futuro do Grupo Schmidt está incerto. A empresa possui uma dívida sujeita à Recuperação Judicial que chega a R$ 71 milhões e, para continuar com suas operações, propôs um plano de recuperação judicial. Na quinta-feira, dia 28, ele foi aprovado pelos credores e segue para a homologação do juiz. Antes disso, cinco assembleias já haviam sido marcadas e realizadas pela Justiça.
A proposta parte da venda da planta de Campo Largo como unidade produtiva isolada e de alguns imóveis, inclusive os que foram objeto de medida cautelar, todos via leilão judicial. “A planta Campo Largo será vendida, mas com a condição de arrendamento pelo comprador. O Grupo Schmidt deixará de ser proprietário e passará a ser arrendatária. O contrato será de cinco anos, podendo ser renovado, caso o grupo tenha interesse, por mais cinco”, explica o advogado da Schmidt, Eduardo Agustinho.
Dessa forma, a operação da empresa fica distribuída em Campo Largo e Pomerode. Na cidade mais alemã do Brasil, a produção será menor, mas explorando também o potencial turístico. Além disso, a operação da Mina de Suzano, propriedade de uma das empresas do Grupo Schmidt, também se manteria. A ideia seria passar a vender massa também para terceiros, além do abastecimento da produção de Campo Largo e Pomerode.
Segundo Agustinho, o plano de recuperação judicial visa o pagamento dos credores com precedência, sobretudo aos créditos trabalhistas, mas com especial atenção ao pagamento dos impostos devidos. A expectativa é de que esses credores recebam o valor com a venda dos bens. Os demais credores receberão por meio de recursos advindos da própria operação.