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Na batida de dois coraçõezinhos, um novo mundo

Claudio Viergutz fala sobre a linda tarefa de ser pai das gêmeas Valenthina e Catharina

“É fantástico, faltam palavras para descrever, é inexplicável”, é assim que o coordenador de vendas, Claudio Viergutz, de 40 anos, define a descoberta da paternidade. E olha que a alegria chegou em dose dupla, Valenthina e Catharina Fermo Viergutz chegaram ao mundo pouco depois das 5h do dia 02 de março de 2021. Mas, muito antes disso, já haviam feito o papai e a mamãe, Franciele Fermo Viergutz, de 38 anos, passarem por fortes emoções.


“Quando soube que eram gêmeas, a sorte é que estava sentado, porque senão cairia”, brinca Claudio. Durante um exame de ultrassonografia realizado no pré-natal, o médico localizou um dos embriões e, logo em seguida, avisou aos pais: “tem mais um aqui”.


Assim, a família composta pelo casal mais a cachorrinha chamada de Fofinha, aumentou de tamanho rápido, assim como o amor, a coragem, a paciência e a alegria. “Agora, são três mulheres e a Fofinha, sou realmente um felizardo”, declara Claudio.


Do nascimento das meninas até aqui, já foram muitos aprendizados, alguns sustos e muitas emoções. “Na verdade, não tem como descrever, é algo singular e emocionante. O amor que você sente é único, é difícil achar palavras para explicar”, finaliza o pai.

Descoberta: Valenthina e Catharina vieram ao mundo trazendo muitas alegrias e novos aprendizados ao papai Claudio. Foto: arquivo pessoal


Claudio e a esposa demonstram sintonia no cuidado com as meninas, e isso começou cedo. Na hora de escolher os nomes, o casal tinha um acordo firmado. Se fosse menino, a decisão seria de Claudio, e, no caso de ser menina, a opção caberia à Franciele, que já havia se decidido por “Valenthina”. Quando a ultrassonografia confirmou que o mundo deles seria mais cor de rosa do que nunca, com a bênção da chegada de duas meninas, o nome escolhido por Franciele ganhou a companhia daquele selecionado espontaneamente por Claudio durante a ida do casal às compras. “Ele olhou para mim e disse: Catharina”, conta Franciele.


As emoções ficaram ainda mais intensas quando as meninas nasceram prematuras. A vinda delas ao mundo é cheia de detalhes que fazem os pais se emocionarem e, também, se divertirem ao relembrar. Durante a gravidez, Franciele desenvolveu uma doença chamada colestase gestacional, uma condição que afeta a produção de enzimas do fígado. Um dos principais sinais é a coceira, algo com que ela conviveu durante um longo período.


Porém, ao chegar na 37ª semana de gestação, Valenthina resolveu que era hora de “conhecer o rosto dos pais” e a bolsa dela estourou. “O chá de bebê tinha recém acontecido e minha mãe havia nos ajudado a arrumar a bolsa da maternidade antes de levarmos ela para casa. Estávamos assistindo um filme quando a Franciele colocou a mão na cama e disse: ‘a bolsa estourou’. Levantei da cama em um único pulo”, conta o papai.


Desde a descoberta da gravidez, Claudio sempre quis acompanhar o parto e assim aconteceu. A experiência foi tão intensa que ele precisou se recuperar junto com Franciele e as meninas. Com bom humor, conta que estava sentado ao lado da esposa quando Valenthina nasceu, os médicos pediram se ele gostaria de vê-la. “Eu espiei por cima daquela divisória e mal sei explicar a emoção que senti. Chorei no mesmo momento”, revela.


Já Catharina veio ao mundo ainda na placenta, rompida pelos médicos fora do útero. “Uma nova onda de emoção, olhei para ela e sentei. Disse à Franci, ‘acho que não estou bem’. Aí ela pediu que alguém me ajudasse”, conta sorrindo.

Pose para a foto: é muita fofura para marcar a selfie com o papai! Foto: Arquivo pessoal


Com toda emoção multiplicada por dois lindos presentes, mais o cheiro causado pelos aparelhos utilizados na sala de cirurgia durante o parto, foi preciso que Claudio deitasse para retomar as forças. Inclusive, na sala de recuperação, quando a esposa repousou na cama, ele ganhou um colchão. Mais tarde, quando as meninas, que até então estavam no Centro Cirúrgico, foram para o quarto, todos se reencontraram. “Eles as trouxeram juntinhas em um único berço”, repassa a memória na cabeça com muita emoção.


Valenthina e Catharina ficaram no hospital por cinco dias, mas não necessitaram de internação na UTI. A preocupação principal era com o ganho de peso. Elas saíram do hospital com 1,640kg e 1,840kg. Depois disso, cada grama a mais na balança era motivo de muita comemoração. “A rotina realmente se altera completamente, mas o instinto vem e tudo vai se ajeitando. Hoje em dia, descobrimos que a organização prévia das atividades é a melhor forma de fazer tudo dar certo.”


Claudio participa de tudo com muita alegria. O banho das meninas, por exemplo, ficou a cargo dele no início. Ele aprendeu com as enfermeiras ainda no hospital e adora desempenhar a tarefa. Assim também, quando Valenthina e Catharina acordam de madrugada, o trabalho dos pais é em equipe. Enquanto ele providencia a troca da fralda, Franciele dá de mamar e os dois ficam juntos até elas pegarem novamente no sono. “Você lê, conversa com as pessoas, mas é tudo muito diferente quando elas nascem, o seu instinto fala mais alto. Por exemplo, antes você tem medo de não acordar à noite quando elas choram, mas isso veio naturalmente, é incrível”, explica.
Olhando para os registros fotográficos feitos logo após o parto, Claudio se admira com o tamanho das bebês, que agora têm cinco meses. “Como elas eram pequeninas, mas, para falar a verdade, naquele momento nós não percebíamos isso. Só agora, olhando as fotos”, confidencia.

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