A exposição de obras produzidas por diversos artistas trouxe uma nova roupagem a uma das vitrines da Refopa Joli, que fica no Centro de Pomerode.
Segundo a sócia-proprietária, Cinara Grützmacher, a iniciativa surgiu a partir da ideia de conectar três fatores: comemorar o Dia Nacional das Artes (12 de agosto), oferecer aos artistas a oportunidade de expor seus trabalhos e mostrar às pessoas o que é possível fazer com o material técnico que é vendido no local.
“Como uma forma de homenagem, abrimos espaço para essa exposição. Além disso, nós, leigos, nem sempre conseguimos imaginar o que é possível fazer com um lápis, por exemplo. Reunindo esse acervo, podemos mostrar para a comunidade como esse e outros materiais, nas mãos de um artista, se transformam em algo maravilhoso”, pontua.

Realismo
Os trabalhos expostos no local foram confeccionados por 12 artistas, nas mais variadas técnicas. Um deles é Erick Gomes de Araújo, de 31 anos, que começou a desenhar ainda na infância, de forma despretensiosa.
Há cerca de três anos, passou a produzir trabalhos utilizando a técnica do realismo. “Encontrei alguns materiais próprios por aqui e estou me aperfeiçoando com acrílico e, mais para frente, quero utilizar a tinta a óleo”, explica.
Sobre a inciativa promovida pela Refopa, disse ter ficado muito feliz. “Cheguei aqui, vi outras artes e achei todas maravilhosas. Também conheci muitas pessoas e já trocamos contato.”
Valorização
Quem também participou da mostra foi a jovem Gabriela Andreatta, de 23 anos. A artista produz trabalhos principalmente nas técnicas realismo e surrealismo. “No surrealismo, utilizo um desenho realista, mas com um fator lúdico, para transmitir emoções”, explica.
Gabriela avalia que, muitas vezes, é difícil que as pessoas valorizem o trabalho artístico. “Então fiquei muito feliz quando recebi o convite. Achei bacana a ideia de reunir vários artistas para celebrar esse dia, fico emocionada pelas pessoas terem esse reconhecimento”, ressalta.

Caligrafia
Além de desenhos e pinturas, a arte da caligrafia também esteve presente. Gigliola Rissiely Leite, que trabalha no local, foi uma das convidadas a participar. Ela conta que a caligrafia é algo que traz consigo desde a infância, muito em razão do incentivo que recebeu da mãe, a qual sempre considerou a leitura e a escrita como fatores essenciais.
Essas habilidades continuaram a ser incentivadas na escola militar onde estudou e, dessa forma, se tornaram um hábito. “Eu não faço Lettering, essa é a minha letra comum. As pessoas dizem que é muito bonita e, por vezes, me pedem para escrever cartões ou convites, é um hobby”.
A ferramenta utilizada por ela para impressionar pela beleza contida em cada letra é a caneta-tinteiro. Essa é a primeira vez que participa de uma exposição. “Me senti lisonjeada, é gratificante saber que tem pessoas que gostam da arte, independente de qual seja”.
Caso você ainda não teve oportunidade de conferir a exposição de perto, ainda dá tempo: a ação segue até sábado, dia 19.