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Vinhos – por Douglas Würz

O Paradoxo Francês

As virtudes benéficas do vinho vêm sendo discutidas em diversos meios, e foi à divulgação do Paradoxo Francês, em 1991, que despertou a atenção sobre o assunto vinho e saúde.

Durante um programa de televisão dos Estados Unidos, o cientista francês Serge Renaud mostrou que estudos epidemiológicos em escala mundial demonstravam que os franceses apresentavam 2,5 vezes menos mortes por doenças coronárias que os americanos, sendo que os franceses são mais sedentários, fumavam mais e consumiam mais gorduras saturadas.

Diante desse fato, observou-se que o consumo moderado de vinho poderia ser a explicação para esse fato. O paradoxo foi posteriormente publicado na revista The Lancet, uma das revistas médicas mais bem conceituadas no mundo, o que contribuiu para o aumento do consumo de vinhos tintos, principalmente nos Estados Unidos e que deu origem a uma série de estudos sobre os benefícios do vinho sobre a saúde humana.

Essa informação causou grande impacto. Até então, o que a ciência nos ensinava é que ingerir bebidas alcoólicas era tão prejudicial quanto fumar. Com esses dados um conceito científico teria que ser mudado

Passados mais de 20 anos, milhares de pesquisas confirmaram os dados do Dr. Renaud. Inúmeros estudos explicam os mecanismos pelos quais essa proteção acontece e evidenciam outros efeitos favoráveis do vinho, como a longevidade e a neuroproteção.

Nos vinhos já foram identificados aproximadamente de 200 polifenóis e cerca de 95% tem origem nas cascas e sementes das uvas. E é por isso que os vinhos tintos são considerados melhores para a saúde, pois são fermentados em contato com a casca, o que permite maior extração de substâncias benéficas o organismo humano.

De qualquer modo todas as bebidas alcoólicas, se consumida em excesso, aumentam a exposição a uma vasta gama de fatores de risco. Nesse sentido, o vinho também causa problemas quando consumido além dos limites. A Organização Mundial da Saúde recomenda o consumo de uma taça diária de vinho (em torno de 100 ml). Porém não existe uma regra fixa que estabeleça o limite de consumo de álcool por uma pessoa, pois isso é dependente de uma série de fatores inerentes ao individuo, como idade, sexo, estado emocional, e o próprio limite de tolerância ao álcool.

Estudos feitos a partir do Paradoxo Francês mostram que é possível agregar ao prazer de beber benefícios para a saúde. Mas para isso é necessário que se faça junto com as refeições, de maneira regular e moderada, e somente se não houver contraindicação ao consumo de bebidas alcoólicas.

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