Sentei para escrever uma crônica com poucas ideias na mente, eis que minha sobrinha resolveu preparar para mim uma sopa imaginária, já estamos no terceiro prato. E que delícia de sopa.
Enquanto servia a primeira parte do preparo, percebi que nunca um vasilhame vazio pareceu tão acolhedor. Minha mente já não estava inútil perante a falta de ideias, ela estava preocupada em sentir o sabor da sopa imaginária.
Quando escrevia o segundo parágrafo, chegou a vez de “provar” a blusa rosa da Minnie. Segundo minha sobrinha, tá um pouco apertada para mim, não vai servir, infelizmente. Mas fizemos de conta que servia e que ficou “linda”.
Mais um vasilhame de sopa imaginária, com a necessidade de confirmar se estava ou não boa, se gostaria ou não de mais, se queria também feijão com arroz. E é preciso tomar cuidado para não sujar a blusa rosa, então não pode deixar tombar ou pingar. Cuidado, sopa imaginária suja muito!
O quinto parágrafo chegou para dizer que ela me achou “muito feia” de óculos. Tudo isso enquanto passávamos para a brincadeira do salão de beleza. Entre uma frase e outra, ela continuava com nossa brincadeira um tanto quanto atrapalhada e eu tentava convencê-la de que precisava trabalhar só mais um pouquinho. “Mas é o salão de beleza”, foi o argumento dela.
Então, não me culpem pela crônica desta semana ser curtinha, afinal de contas, é hora da sopa de mentirinha, de provar a blusa rosa com a saia de princesa e claro, é hora do salão de beleza, vocês entendem né!
