Antes de ter filhos poucas coisas na sua casa parecem extremamente perigosas ou até potencialmente mortais. Depois que os pequenos chegam isso muda. Em determinado momento eles aprendem a engatinhar e você acha o máximo.
Aí eles começam a se colocar de pé, segurando em tudo que há pelo caminho, e você também acha maravilhoso. Em conjunto com tudo isso, começam as quedas, que você não acha nem um pouco legal, mas entende ser uma parte do processo.
Quase instantaneamente, seus olhos começam a detectar tudo que há de muito perigoso no ambiente, coisas que antes eram apenas parte da mobília agora são um problemão. Um exemplo? Os puxadores das portas do rack da sala de estar. Desde sempre eles me pareciam muito bonitos, agradáveis aos olhos. Agora, foram sumariamente desparafusados e guardados. Motivo? O desenho diferente apresentava uma ponta muito semelhante a de uma navalha (exagero? Talvez!).
Ah, mas como você vai abrir as portas? Para tudo dá-se um jeito. Pois, adivinhem o local favorito do meu filho para se apoiar e ficar de pé? E adivinhem perto de onde ocorrem os semi tombos e os tombos de fato? Pois então, vale o trabalho para abrir as portas sem os puxadores.
Quanto aos demais móveis da casa, uma varredura está em processo para identificar armadilhas potenciais. E pasmem, tem muita coisa (rindo de nervoso). É claro que os “dodóis” são partes do processo de aprendizagem, é uma ilusão achar que ele não vai se desequilibrar ou cair, mesmo que a gente fique quase 100% do tempo de prontidão. Ainda assim, tentar antecipar os locais e as coisas que podem representar um risco maior nesse processo passou a fazer parte da nossa vida.
Tomadas já estão com os devidos protetores, fios de eletrodomésticos já não podem ficar pendendo da bancada e os sapatos têm que ficar em um local de difícil acesso. Sapatos? Sim, ele gosta de brincar com sapatos, e de colocá-los na boca… é um risco mortal? Até acho que não, mas né? (fui!)
Enfim, essa é mais uma das coisas que a gente não imagina fazer parte da rotina dos pais, mas faz. Seguimos!
