Há cerca de dois meses, estive na Rota do Enxaimel para conhecer um local absurdamente lindo, onde conheci uma pessoa de aura especial, Lurdes Hornburg, e, de quebra, saí de lá com uma valiosa lição de vida.
Conversa vai, conversa vem, confessei à Lurdes que nunca havia conseguido fazer uma suculenta “durar”. Consigo com orquídeas, antúrios, folhagens, mas suculentas? Suculentas não! Aí veio o ensinamento. Não foi com as palavras que usarei aqui, mas vale o contexto: não pode “arretar” demais.
E é isso! Por exemplo, depende do tipo de suculenta, mas a maioria delas não necessita de muita água, ou seja, regar demais faz com que morram. Elas também não apreciam mudanças de cá para lá, ou seja, deixá-las quietas é melhor. Claro que as suculentas têm energia. Se você envia boas energias a elas, recebe de volta na mesma proporção.
Ao fim da entrevista, Lurdes me deu uma missão, fazer dois brotos (que eu chamei de babies suculentas) se desenvolverem. “Encosta elas na terra e esquece delas”, orientou (caro que com as regas necessárias, já que as instruções foram completas).
Como uma boa aluna, assim o fiz. Pasmem vocês: em dois meses as “bichinhas” tão vivas ainda. Meu recorde. E, melhor que isso, já criaram suas raízes, estão viçosas. Acho que fiz errado em plantá-las num único vaso, mas na hora era o que tinha disponível e decretei: serão irmãs de criação (hehehe).
Toda vez que passo pelas belas suculentas e dou aquela espichada de olho, sinto-me orgulhosa. Creio que a lição que coube ao cultivo das suculentas se encaixa perfeitamente à vida. É preciso dar espaço, respeitar o processo específico de cada um. Por vezes, é preciso parar de “cuidar” em demasiado. Mas nunca, jamais, em tempo algum, esquecer de enviar as mais sinceras e positivas energias.
E, claro, lembrar de sentir-se orgulhoso da evolução conquistada, mesmo que não tenha muito da sua participação nela.