Toda semana a vida de quem precisa ajeitar a casa chega a esse impasse. Gastar água e sabão para lavar as roupas que não estão de fato sujas (ou seja, foram usadas brevemente por algum motivo) ou deixá-las penduradas fora do armário, acabando com a estética e com a sensação de arrumação, já que não estão realmente limpas para se juntarem às demais colegas que estão zeradas no quesito limpeza.
Confesso que aquele bando de roupa pendurada me irrita. Prefiro então que use logo de uma vez para, por fim, lavar, dobrar, guardar (passar é algo alternativo, depende muito da peça). Confesso também que por vezes eu acabo jogando na máquina, com o intuito de pôr fim a essa indefinição.
E não sei se acontece com vocês… Mas outro efeito desse fenômeno é que lá em casa as roupas “nem nem” parecem perder automaticamente o status de “vestíveis”.
Estranhamente, até se tornam invisíveis no momento em que você precisa sair novamente e vai trocar a confortável “vestimenta de ficar em casa” pelo não tão confortável “traje de sair”.
O certo era a gente vestir novamente aquela bendita peça que está aguardando por um destino digno: guarda-roupas ou máquina de lavar. Mas não, deixamos a pobre da roupa naquela indefinição eterna.
Busco alternativas para lidar com essa situação sem desperdiçar recursos (água, sabão e energia elétrica), mas também sem acabar com o prazer que sinto na total ausência de roupas espalhadas pela casa.