Canso de ver pessoas em eventos ou viagens procurando os cenários mais “instagramáveis” para as fotos e vídeos. Aparentemente, esse é o objetivo principal de qualquer programa social atualmente: abastecer o feed ou os seguidores com novas imagens, dicas, conteúdos diversos. É quase uma necessidade de validação. Celular na mão, olhos na tela, caminhando sem de fato observar nada ou ouvir alguém.
Não sou contra fotos, mas as melhores são inegavelmente aquelas em que todos estão desgrenhados, depois de ter aproveitado muito uma festa ou caminhado demais por entre atrações turísticas e, lá pelas tantas, lembrou: vamos fazer uma foto pra registrar o momento?
Sem se preocupar com a forma como posiciona a perna, ou nas poses que estão mais em alta para o casal (já viram esse tipo de conteúdo? Ensinando a não ser o casal tiozão ou a não sair ‘feito turista’ na foto?). E isso lá deveria ser uma preocupação para quem está se divertindo de verdade?!
E quantas e quantas vezes presenciei casais ou grupos de amigos que estão de “pá virada” um com o outro, mas decretam ser a hora da foto. Então o sorriso volta aos lábios pelo breve instante que dura a captura da imagem, depois, cada um no seu canto.
Espero que encontremos o equilíbrio entre o on e o of-line em breve, pois estamos perdendo chances preciosas de viver o real enquanto pensamos só no digital.
Celulares e redes sociais são ruins? Não, claro que não. Mas a forma como os utilizamos, essa sim, está sendo um pecado cometido contra nós mesmos.
Faça um desafio a si mesmo, no próximo evento social, não leia mensagens, não acesse redes sociais e não tire fotos posadas (para registrar a alegrias do grupo, continua valendo, uma ou duas… não mais). Veja como se sente, perceba se está viciado em likes ou se é capaz de viver o momento apenas por ele próprio. Tente, só tente!
Menos tela, mais toque

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