Geralmente, quando sento para escrever a nossa conversa semanal (esta crônica que estás lendo), as palavras saem em frequência acelerada e ritmo fácil. Mas, geralmente não significa sempre! Tem vezes em que encaro a tela do computador por intermináveis minutos, aquela página em branco me desafia e a mente dá voltas.
Em parte por conta da autocrítica que grita no silêncio da minha mente: “isso aí não é interessante”; “tá doida, pra que falar sobre isso”; “essa crônica aqui não tem graça nenhuma. Faz de novo”. E em parte porque a inspiração não é uma dádiva contínua para ninguém, seja lá a profissão ou a atividade que desempenhe. Desde criar uma propaganda para grandes marcas a preparar o almoço da quarta-feira, vez por outra ela falha.
É nesse momento que entra em ação a tal da disciplina. Se tiver que escrever, então escreve. Se tiver que criar, então cria. Se tiver que costurar, então costura. Se tiver que somar, então soma. Se tiver que cozinhar, cozinha. Enfim, o tal do “faz e não reclama”. Foi então que a disciplina me deu uma inspiração (trocadilho infame), escrever sobre a falta de inspiração que me absorveu nessa semana.
Por qual motivo? Apenas para evidenciar essa característica que acredito ser compartilhada por muitos de nós. Então, deixa eu te falar: eu sei que você não se sente sempre inspirado, pega o colete salva-vidas e entra no barco. Nesses momentos, é importante calar a autocrítica sabotadora dizendo: não estou inspirada, mas vou fazer. Então shhhh!
E qual é então o colete salva-vidas? A tal da disciplina! Inspiração nem sempre é confiável, mas a disciplina nunca te deixa na mão, então te agarra nela e segue adiante. A inspiração volta mais à frente!