Dentre as inúmeras experiências que um ser humano pode colecionar na vida, a de rir desde a alma até a ponta dos pés é certamente uma das mais prazerosas.
Da alma até a ponta dos pés? Sim, isso mesmo! Rir tanto, mas tanto, que todo seu corpo participa da ação, não é mais uma questão de boca e rosto, são os braços, o abdômen, as pernas…
Nada mais passa em sua mente além do motivo da risada, teus ouvidos são incapazes de captar algo além de sua voz tremendo em ondas, com os teus olhos impedidos de enxergar porque se fecharam mediante a contração dos músculos do rosto.
É fenomenal, rejuvenescedor, o melhor recarregar de baterias que a vida é capaz de oferecer. E se desejar saber minha opinião, o mais inclusivo também? Gargalhar não exige restaurantes chiques, nem viagens a Europa, muito menos traje “black tie”. Um chinelo de dedo, no meio da calçada da rua de casa, numa segunda-feira de luta já servem como cenário perfeito para o gargalhar de corpo inteiro.
E o motivo? Sem exigências aqui também. Seu filho disse algo que te desconcertou, o chinelo arrebentou, um amigo soltou uma piada boa de tão ruim, seja lá o que for, se te fez rir, está valendo.
O momento é um aspecto um tanto complicado, devo admitir. Você e eu sabemos que há situações em que gargalhar não será nada produtivo. Ainda assim, vale tentar segurar por uns minutos, até estar livre da possibilidade de encrenca.
Se vasculhar em sua mente (assim como eu fiz), vai perceber que gargalhou menos do que gostaria, mas que cada uma delas valeu a pena. Minha experiência mais recente data de apenas duas semanas, mas que saber? Já estou com saudades de rir da alma até a ponta dos pés.