Minha vida se resume atualmente a uma eterna questão: cadê? Cadê meu celular? Cadê meu colírio? Cadê a chave do carro? Cadê o “bibi” do neném? Mais precisamente: cadê minha memória?
Esses dias passei 15 minutos caminhando pela casa igual barata tonta procurando pelo meu celular enquanto o bebê tirava uma soneca, pois precisava resolver uma questão. Quando encontrei o celular, o neném acordou.
Eu fiquei olhando pro celular e depois pro rostinho dele, pro celular e pra ele, pro celular e pra ele, até que ele parou o chorinho pós-despertar e começou a rir. Aí começamos a rir juntos e fomos comer a frutinha da tarde.
Mas a cereja do bolo é quando arrumo as bolsas dele e vou pro carro, chego no carro e não tenho a chave pra abrir, volto pra dentro de casa batendo nas paredes com a infinidade de tralha que estou carregando, não acho a chave, largo tudo no chão, aí encontro a chave, recolho tudo do chão e volto pro carro.
Guardo tudo no seu devido lugar… Vou para onde estávamos programados a ir e, chegando lá, vejo que esqueci algo útil que acabou largado no chão. Às vezes dá vontade de rir, outras de chorar, tem horas que vem uma raiva!
E assim sigo meus dias, tentando reencontrar a parte do meu cérebro responsável pela memória. Ela me faz falta, sabe? Outras mães passam por isso? Como vocês sobreviveram em longo prazo?