Na última crônica publicada, falei brevemente sobre o fato de que o Bóris seria o assunto dessa semana. Algumas pessoas me perguntaram durante os dias que se seguiram: quem é Bóris? Aí vai a resposta, o intrépido Bóris é… tchan, tchan, tchan: um sapo.
Por que diabos ela deu nome a um sapo? Explico! Certa noite fui até a lavação e quase sofri uma síncope ao ouvir um barulho e reconhecer movimentos debaixo da máquina de lavar roupas. Meu primeiro pensamento foi: cobra (não sei se chegaram a absorver essa informação nas crônicas anteriores, mas tenho muito medo de serpentes). Mas não, tudo certo, era um sapo. Xinguei até a trigésima geração da família desse dito cujo e colocamos ele para fora, crentes de que os cachorros não aprovariam a presença dele em seu território e o destino seria triste.
Dias mais tarde, o anfíbio voltou a dar as caras na lavação e, pasmem vocês, tinha feito amizade ou, ao menos, um tratado de paz com os cachorros. Ele transita pela garagem e área de serviço sem o menor dos problemas.
Até então não tinha recebido nome, mas comecei a apreciar a presença do moço (ou moça, não sei), nunca mais vi baratas “no pedaço”, além de que, todo barulho que ouço naquelas bandas agora têm automaticamente uma explicação: é o Bóris.
Voltando ao nome, o sapo e eu estávamos convivendo amistosamente, ele não pulava pras minhas bandas e eu não cruzava o caminho dele. Depois, passamos a ficar no mesmo ambiente sem cerimônia e, há cerca de três semanas, ele posou para uma foto. Aí ganhou um nome e o título de inquilino oficial da minha lavação. O sapo é bonito? Não! Mas é uma gracinha mesmo assim, virou um membro da família (parente distante, bem distante… ainda assim, da família).