A vida é de humanas

Durante uma conversa com uma amiga, tive minha visão de mundo confrontada com a seguinte reflexão: “a vida é de humanas”. Explico:
Como grande parte das conversas entre mães de filhos pequenos, essa envolveu assuntos como antibióticos, alergias, doenças recorrentes e por aí vai. Em certo momento, brinquei que o meu filho juntou minhas vulnerabilidades relacionadas à saúde com as vulnerabilidades do pai dele (também relacionadas à saúde). Para completar, disse eu: achei que negativo com negativo dava positivo, mas aparentemente a vida não é como a matemática. Aí ela me joga: “não, a vida é de humanas!”
E não é?
São inúmeros os momentos em que os acontecimentos se recusam a seguir uma lógica. Parecem simplesmente com uma carroça desenfreada morro abaixo, espalhando abóboras pelo caminho. A gente só reza pra não parar com a cara no poste ou despencar de um barranco alto demais.
A vida é tão, tão de humanas, que não acredito até agora ter demorado até os 36 anos para perceber.
Na maior parte do tempo, a gente fica aí traçando planos, metas e objetivos, mas a vida olha pra gente e faz: “rá, até parece!” E lá vamos nós: recomeçar, levantar, realinhar.
Pois bem, amigos, agora me resta apenas absorver essa informação e tentar balancear o temperamento da vida com os planos que me são necessários para seguir adiante. Ela é de humanas, mas eu sou teimosa! Rá!