terça-feira, 10 de junho de 2025
15.9 C
Pomerode
terça-feira, 10 de junho de 2025
15.9 C
Pomerode
15.9 C
Pomerode
terça-feira, 10 de junho de 2025

A Páscoa com um bebê: entre o coelhinho, uma cesta nada criativa e o milagre da sobrevivência materna

Nada, absolutamente nada, te prepara para a primeira Páscoa como mãe de um bebê de um ano (na Páscoa passada ele tinha quatro meses e ainda não interagia muito).

Viver essa experiência é tipo tentar manter a casa arrumada com uma mão e segurar a criança que quer comer a tinta de pintar ovos com a outra.

Tudo começou com uma ideia inocente: “Vamos colocar em prática algumas tradições de Páscoa”, disse eu, toda empolgada. Começou com a pintura de ovos pedida pela escolinha… Em três minutos, tínhamos um ovo com arte abstrata, tinta até no cabelo e um bebê (mais uma criança, já que a minha sobrinha/afilhada estava junto) orgulhoso com as mãos manchadas de guache. Isso, claro, antes de ele tentar morder o pincel coberto de tinta.

Depois veio o dilema da cesta de Páscoa. Veja bem: não sou exatamente uma artesã premiada. Mas ali estava eu, correndo poucos dias antes da Páscoa, aos 45 de segundo tempo, tentando montar algo digno do Instagram.

O resultado, temo eu, seja uma cesta simplinha, decorada com palha e (talvez) um laço azul (talvez porque ainda não providenciei o laço).

O planejamento da tradicional caça aos ovos está sendo um capítulo à parte. Minha dúvida é… Ele vai caçar os ovinhos ou tentar colocar cada um deles na boca? Pode ser que se torne menos “caça” e mais “tentativa de impedir que ele engula o símbolo da festividade”. Enfim, provavelmente farei.

E entre uma coisa e outra, me peguei tentando explicar o significado da Páscoa para um bebê, uma missão um tanto desafiadora. “Filho, é sobre renascimento, sobre amor, sobre um homem muito bom que ensinou a gente a amar o próximo e… Ok, não morde a mamãe”. Por fim, as tentativas de ensinamento estão virando sempre um stand-up comedy improvisado.

Mas, sabe, no meio de toda essa confusão engraçada, tem aqueles momentos em que ele me olha, sorri com os dentinhos aparecendo e me abraça do jeito desajeitado que só bebês sabem dar. E eu penso: é isso. Talvez essa seja a parte mais pura da Páscoa, renascer como mãe, como família, como gente que aprende a ver o mundo com olhos novos. Mesmo que esses olhos estejam cobertos de tinta guache. Feliz Páscoa!

Receba notícias direto no seu celular, através dos nossos grupos. Escolha a sua opção:

WhatsApp

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques

Últimas notícias