O amor é o sentimento que faz o mundo girar. É um salto de fé cotidiano, inspiração em meio à monotonia, um propósito que supera a desordem. Mesmo que aqueles que o experimentam sejam inundados pelo ímpeto de buscar o melhor da vida, o amor é, contudo, frágil.
Digo isso, pois acredito que só se pode amar, verdadeiramente, com muita paciência. A raiva, o desentendimento, a monotonia e a tristeza não desaparecem dia a dia, esteja você amando ou não. Então é preciso serenidade, buscar na memória a admiração, o carinho, a lembrança da ternura do abraço. Só assim ele sobrevive aos dias cinzas e sem trilhas sonoras inspiradoras tocando ao fundo.
Em minha opinião, essa máxima serve para relacionamentos amorosos, familiares, sociais e também para as amizades. Pois, apesar de nobre, quando desacompanhado de outros sentimentos, o amor é falho e se dissipa em qualquer dos cenários.
Quando seu amigo está numa fase “reclamona”, o desafio é lembrar-se de todos os momentos já vividos até aqui e, mais do que isso, oferecer o melhor de si para que supere seja lá o que esteja causando a irritabilidade.
Quando seus pais discordam de algo que você deseja fazer, o pulo do gato é recordar do fato de que ninguém no mundo desejará o seu bem mais do que eles, e que, talvez, tenham motivos para questionar sua escolha, nem que seja só por estarem com medo de que aquilo vá te machucar, física ou emocionalmente.
Se seu companheiro ou companheira te irrita em determinada situação, a chave é respirar fundo até que a ternura fale mais alto que o desgosto. Há uma caminhada feita por vocês até aqui, e certamente houve momentos em que você causou o mesmo sentimento nele/nela. Vale lembrar que vocês só chegaram até aqui porque também houve a ocasião em que a resignação foi aplicada em seu favor.
Então queridos amigos leitores, o amor não sobrevive sem admiração, afeto, reciprocidade, resiliência e, acima de tudo, paciência. Tudo que vale a pena ser vivido exige esforço. O amor não foge à regra!
