Sempre adorei ver as plantações de arroz (sou natural de Ascurra, arrozeiras são comuns por lá), os telhados e os gramados branquinhos com a geada que se forma nos dias mais frios do inverno.
Em parte porque caminhávamos até a escola com esse cenário em várias manhãs da infância, o que sempre parecia um cenário surpreendente, dando novos ares àquilo que víamos todos os dias.
Pois bem, o clima foi mudando e já não é tão comum ver geada nas manhãs de inverno. Porém, nessa última semana, fomos agraciados (talvez não se você não gosta de frio) com a chegada dela.
Eis que eu descobri gostar mais de dormir do que ver a geada. Temos um combinado desde a chegada do nosso filho de que “trocamos de turno” às 5h da manhã, das 5h às 7h são minhas duas horinhas de sono despreocupado e por vezes eu roubo mais uns minutinhos para ficar na cama.
O resultado é que não sobra tempo para contemplar a natureza, é acordar, fazer o que precisa ser feito e pronto.
Por esse motivo, a geada e eu não nos encontramos em 2024. Ou ela já tinha ido embora ou não sobrava tempo de apreciá-la quando ainda estava por lá. Sorte que a colega Marta Rocha, essa sim com coragem para enfrentar o frio, fez algumas fotos desse evento da natureza em Pomerode e eu pude matar as saudades através delas.
Talvez no próximo ano, após voltar a dormir uma noite inteira de sono, eu me encontre com a paisagem branquinha ofertada pelas manhãs geladas. Até lá, vou priorizar minhas horinhas de sono.