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Sabedoria do povo – por Luiz Carlos Prates

Sabedoria do povo, vírgula… Nem todo povo, isto é, nem toda pessoa tem sabedoria, é sábia. Estou mesmo para dizer que a maioria cai de quatro e pasta… Maioria estonteante, aliás. De qualquer modo, sempre foram as pessoas mais humildes as que firmaram as mais soberbas psicologias e filosofias da história humana. Dou estas voltas, leitora, porque acabei de ler uma reportagem e fiquei entre irado e penalizado. Ah, e antes que esqueça, claro que foi uma pessoa humilde, pobre, quem cunhou o ditado – “Se a vida ter der um limão, faças dele uma limonada”! Acho lindo esse saber popular. 

A reportagem que me trouxe à nossa conversa de hoje vem da Amazônia. É a história de um matuto, um caboclo que disse já ter vivido mais ou menos bem e que agora está numa pior, ele e a família. A frase que ele fez e que foi manchete da reportagem no UOL era esta: – “Ser pobre é viver no inferno”. Saia da frente, se você é pobre, você vive no inferno, certo? Erradíssimo.

Antes de mais nada, gostaria de ser uma mosquinha para sentar na testa de um multimilionário agônico numa UTI… O que pensará ele? Como verá, do leito da UTI, o vasto dinheiro que ele deixou no banco? De que lhe vale agora toda a riqueza que não o espera mais lá no banco…? Será que ele não trocaria a agonia da UTI para andar de pés descalços no meio da mata amazônica?

– Ah, mas tu estás exagerando, Prates, tu não sabes o que é pobreza mesmo, miséria, tu não sabes! Talvez não, talvez não, mas sei o que é estar vivo e saudável. Vivo e saudável é tudo, tudo de que precisamos na vida para viver e Ser. Pobreza não é sentença condenatória perpétua, é desafio, é provocação da vida…

Se soubéssemos mais cotidianamente transformar nossos “limões” em limonadas, ver o lado azulado do céu e não o escuro das chuvas pesadas que podem vir, ah, a vida seria mais leve. Mas não, somos arrastados para ver o azedo do limão. Agora me diga, de quem é a culpa? Será do limão ou da pessoa? Há quem esteja agora, num sentido figurado, sentado sobre um braseiro e mais não sinta senão uma coceira… O fogo é o mesmo, as pessoas é que diferem no avaliar o fogo da vida. Danem-se as burras.

FILHOS
Estou cansado de ver mulheres abandonadas ou famílias que se queixam do governo, disto e mais aquilo, tudo num ambiente de uma pobreza constrangedora, mas… Em torno dessas pessoas uma fila indiana de crianças. Os irresponsáveis não sabiam que fazer filhos exige responsabilidade, cuidados de todo tipo, não sabiam? Safados. O “bem-bom” eles sabem fazer. Aliás, será mesmo que é bem-bom? Não, não é. Acasalamento irresponsável não é bem-bom… É cio, apenas isso. 

ORAÇÃO
Vivo rezando – “Obrigado, Senhor, por nunca me teres deixado “armado” na frente de um sujeito desses, um caçador infame e maldito! Saio do banho e mais uma vez ouço na Rádio da Udesc a canção Assum Preto. Nessa música, a cantora diz que “furaram os olhos do assum preto/para ele assim cantar melhor”… Como é que um bichinho indefeso, com os olhos furados pode cantar melhor? Me diga! Obrigado, Senhor, por nunca me teres deixado na frente de um maldito desses, obrigado! 

FALTA DIZER
Num caderno de Economia dicas para “segurar” o emprego. Segurar, segurar é quase impossível, mas… É bem possível mantê-lo por bem mais tempo com qualificação/proficiência, engajamento, muita dedicação, ética e nada de ranzinzas. Fácil? Para 3% dos empregados, sim. 


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