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Os outros e nós

Os outros e nós

Ocorre com muita frequência. Muitas vezes, testemunhamos uma pessoa ou grupo xingando outra ou outras, e damos razão a quem xinga… Damos razão, mas não nos damos conta de que nós também poderemos ser xingados e por razões semelhantes. É aquela história da Bíblia, de vermos a trave nos olhos alheios e não nos nossos…

O fato que agora vou resumir já o testemunhei incontáveis vezes, fui narrador de futebol por 25 anos e dei várias voltas ao mundo com o futebol, nada de novo, nada de novo daqueles tempos ao hoje em dia. O fato a que testemunhei aconteceu em Porto Alegre, na frente dos vestiários do Internacional. Não, leitora, não vire a página, não vou falar de futebol, vou apenas citar um exemplo e esse exemplo bem que pode servir para nós, vai saber…

Foi assim: o Internacional tinha perdido “mais um” jogo e a torcida, frustrada e irada, foi para a frente dos vestiários e começou a chamar os jogadores de mercenários. E pedia raça em campo.

Vamos lá. Quem são os mercenários? Eram, ou são, soldados que se “vendiam”, ou se vendem, a um grupo para lutar por soldo, por dinheiro, nunca por uma causa. A causa era ou é o interesse deles. Levada a expressão mercenários para o futebol, ela significa jogadores que jogam só pelo contrato, nunca por raça, por vontade de ganhar, de esfolar-se pela vitória, de suar a camisa com o suor que contém partículas de sangue… Não, isso nunca. Mercenários entram em campo, se a vitória vier, tudo bem, se não, “não podíamos evitar”, é o que dizem os mercenários.

Sim, tudo bem, mas por que eu disse que os xingamentos de Porto Alegre aos jogadores do Inter podem servir para nós? Com certeza, os xingamentos de Porto Alegre servem para 78% dos brasileiros, isso por baixo. 78% dos brasileiros são infelizes no trabalho, são os que “trabalham” só pelo salário. E costumo dizer que quem trabalha só pelo salário, ganhe o que ganhar, será sempre mal pago.

Muitíssimos de nós não “entramos em campo” para jogar e ganhar o jogo do trabalho, produzindo com qualidade, buscando mais qualidade de hoje para amanhã, felizes e bem pouco cansados. São poucos os que trabalham assim, pouco mais de 20% segundo várias pesquisas. Bom, você pode responder por você. És feliz no trabalho que fazes? Cuidado com a resposta, pode haver xingamentos, auto-xingamentos.

Equívoco

Muita gente diz a si mesma que não vai se esfolar no trabalho, que não faz sentido se arrebentar trabalhando para enriquecer os outros… Esses outros são os empregadores. É muita burra a pessoa que pensa assim. Ninguém trabalha “para os outros”, só os escravos. Trabalhamos para nós, para as nossas conquistas. E trabalhando bem, o grupo, como um todo, irá bem. E quando todos vão bem, há poucas demissões e muitas realizações. Será que alguém pode não ver isso?

Ele

Volta, Maricá, volta e assume uma cadeira no Supremo! Ou põe uma farda!… O célebre Marquês de Maricá (1773-1848) costumava dizer que – “A ordem pública periga onde não se castiga”. Bah, na mosca! Se o Marquês voltasse teria muito o de que se escandalizar no Brasil, afinal, quantos andam por aí impunes e candidatíssimos a tudo? Canalhas. Mas de repente, espadas podem voltar no tempo…

Falta dizer

Azar ou incompetência? Não podemos fazer muitos biquinhos para nós mesmos. O sujeito é demitido e a mãe dele diz que foi azar, afinal, a empresa estava demitindo pessoas. Azar ou incompetência, mamãe? É muito fácil culpar o destino por nossas desídias. Muito.

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