Ora, pobrezinhos!
Já contei aqui dessa história, mas preciso repeti-la para poder entrar na nossa conversa de hoje. Foi assim, um dia, num camarim de televisão, uma colega supirou sem nenhum pejo: – “Se eu não casar com o fulano…. eu morro”. Nunca esqueci dessa frase estúpida, frase de quem não tinha o que dizer, só pode. Aliás, gostaria de saber por onde anda essa colega e se casou com o fulano… Coitada. Mas ela não está sozinha, há multidões de mulheres e homens que não veem a felicidade no trabalho senão nos braços de uma figura qualquer.
Sim, vou falar de casamento, mas de outro tipo de casamento. Um casamento que não deve conhecer divórcio, divórcio nesse tipo de casamento significa grave infelicidade.
Ouça esta manchete: – “A geração que quer a felicidade”. Antes que você salte da cadeira e pergunte qual a geração que não quis ser feliz, digo-lhe que os de hoje, caras entre os 18 e 28 anos, estão burramente nessa briga. Justo numa idade em que ou o ser humano planta as sementes de sua vida profissional ou adeus, tia chica…
Falo de uma pesquisa feita por uma consultoria alemã, a GfK. Pesquisa que em nada difere das feitas por aqui, no Brasil. O pessoalzinho que se acha alguma coisa, mas que na verdade não sabe conjugar o verbo ser, rejeita sentir-se pressionado no trabalho, quer folgas e moleza… A pesquisa indica que, entre pessoas de 18 e 28 anos de idade, apenas 21% dos trabalhadores se dizem comprometidos com a organização que paga o seu salário, enquanto no Brasil esse percentual é de 20%…
No Brasil, 53% dos com idade entre 18 e 29 anos confessaram estar frequentemente ou quase sempre estressados no trabalho. Há um percepção muito aguda de infelicidade no trabalho, no trabalhar.
Como se vê, esses jovens “modernos” são uns embustes, se queixam do trabalho, reclamam de salários e se dizem estressados, senão sofrendo de burnout. Falta de uma boa rédea puxada pelos pais na primeira infância… Não vamos longe, pesquisas brasileiras nos fazem saber que em torno de 85% dos universitários em sala de aula não sabem o que estão fazendo lá… Não sente o fogo da motivação por uma carreira. Mas são incensados por pais mimimis e responsáveis por esses já irresponsáveis, sem carreira pela frente e divorciados irremediáveis do trabalho e da felicidade. Faltou laço…
DINHEIRO
Os pais calças-frouxas e as mães mimimis de escada rolante não fazem o que devem fazer, então, o Banco
Central vai tomar a iniciativa. Está começando no Norte e Nordeste do Brasil o projeto “Aprender Valor”. Professores, treinados pelo Banco, vão ensinar tudo sobre finanças para crianças do 1º ao 9º ano do ensino público. O objetivo fundamental é ensinar poupança aos jovens. A que ponto chegamos, e as famílias não fazem nada.
TEMPO
Que formidável perda de tempo, e mais um vez os pais não fazem nada, toupeiras. Febre no Rio de Janeiro, cursos multiplicados, jovens estudando “coreano”, a língua que não serve para nada. E sabes por quê? Para seguir os cantores do K-pop, o funk deles por lá. Um lixo, como cá. E Português que é o passaporte para tudo não estudam. Pobres-bichos!
FALTA DIZER
“Quem se veste bem ganha pontos”. Era a manchete do artigo que acabei de ler, resultado de um trabalho da Robert Half, empresa de recrutamento americana. – Ah, é? Que interessante! Bolas, vivo dizendo isso. Vestir-se com cuidados é respeitar-se e respeitar o ambiente de trabalho. Mas vá dizer isso para os calças-rasgadas e “pichados”…