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Opinião

Por quê?

Mais um nome para os meus arquivos. Já digo de quem se trata. Antes, preciso dizer que num passado não muito distante eu tinha dificuldades de entender as dificuldades de certas pessoas. Jovens, ou mais ou menos isso, famosas, ricas e, com frequência, bonitas, todavia, enrascadas emocionalmente. Vidas atribuladas, vícios, depressões, não raro, suicídios. Como entender?

Acabei de ler a história de uma dessas personagens, achei-a numa edição da revista Seleções. Trata-se de Nick… 40 anos, canadense, mas realizado nos Estados Unidos como jogador profissional de hockey. Um dos grandes nomes da Liga Nacional Americana de Hockey.

Nick desabafou na entrevista: álcool, drogas, depressão e até pensamentos de morte. Fez muito dinheiro nesse esporte apreciadíssimo pelos americanos, viveu nas manchetes, mas a vida dele era um inferno. Era? Agora, depois de uma oportuna psicoterapia, aparentemente recuperou-se… Digo aparentemente porque em questões emocionais não acredito em cura, é como o alcoolismo. O pessoal do AA diz que uma vez alcoólatra sempre alcoólatra. A questão é abster-se e prometer-se: Só por hoje. Só por hoje não vou beber. E amanhã se repete a promessa…

O Nick, jogador famoso do esporte americano, viveu o inferno. E a pergunta, Maria, é por que essas pessoas jovens, ricas, famosas, cortejadas, apreciadas, tudo, vivem mal? Por quê? Fui “adorador” da Amy Winehouse, a cantora britânica que “afundou” na vida aos 27 anos. Por que, Maria? 27 anos, rica, famosa, talentosa, bonita, tudo… Por que a morte buscada? Não tenho mais dúvidas, são pessoas que na verdade de suas verves existenciais não gostavam do que faziam, não se sentiam bem e, acima de tudo, viviam vidas vazias. É o que mais anda derrubando pessoas de todo tipo, vidas vazias, mas… Numa sociedade que cobra de todos e por igual sucesso, “curtidas” infinitas, aplausos inúteis, ostentações e falsa felicidade, raros escapam. No fundo, no fundo, muita gente que anda por aí com falsas estéticas, aparências de aparências, gostariam mesmo é de viver lá num sitiozinho cheio de galinhas no pátio. Claro que vão dizer que não, óbvio que me vão chamar de louco… Contudo, os atos das pessoas as revelam, seus desatinos não são vazios, pelo contrário, são plenos de significados. Mas a vida moderna não deixa espaços: ou você vive fingindo ou você não existe. Seria isso, Nick?

VERDADE

A história do Nick, aí em cima, faz-nos lembrar que a vida nos constrange com suas verdades. Ela nos garante, por exemplo, que o dinheiro, mesmo muito dinheiro, só vai até ali para produzir felicidade. O todo poderoso, não tem nenhum poder sobre a mente das pessoas. Um idiota da vida vai continuar idiota mesmo podre de rico. Dinheiro não impede solidão, brigas de família e nem garante o amor da pessoa amada. Que beleza que é assim. É a justiça da felicidade…

CULPADOS

Dia destes um representante da limpeza pública disse que se chover forte vai haver pesados alagamentos em Florianópolis… E sabes por quê? Eu digo: pela sujeira provocada pelos turistas sujos e pelos “nativos” mal-educados, que entopem bueiros com seus lixos jogados em qualquer lugar. Vale para o Brasil. Será que algum “ingênuo” contesta? Há uma salinha para contestações na minha delegacia…

FALTA DIZER

Chegamos a esse ponto. Há pessoas, bem-humoradas, que propõem um prêmio aos que estão em mesa de família para almoçar ou jantar: se a refeição acabar em paz, sem nenhuma briga, todos poderão repetir a sobremesa. Parece que, pelo que sei, ninguém até hoje comeu sobremesa em dobro…

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