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Opinião

Por onde andarão?

Vou relembrar, ou quem sabe recontar, uma história ao meio de muitas de que fui testemunha. Faz muitos anos, dirigi um curso de comunicação verbal e oratória, bem no centro de Florianópolis, num prédio na frente da figueira famosa, edificio João Moritz… Vários e vários rútilos nomes da política e sociedade catarinense passaram por meu curso; fico feliz em ver alguns deles hoje em Brasília, mais não digo, não gosto de propaganda em cima de nomes pessoais, basta contar do milagre, não dos santos…

Um dia tocou o telefone do meu curso. Era uma senhora, a quem eu bateria palmas se agora me estivesse “ouvindo”… Ela ligou e me perguntou, eu anunciava diariamente o curso num jornal local, se eu poderia atender ao filho dela. Fiz à senhora duas indispensáveis perguntas: – Ele sabe deste seu telefonema? Ele concorda com a sua ideia de fazer um curso de oratória? Às duas perguntas ela respondeu positivamente. Dissa à senhora mãe que ela então podia mandar o seu filho me procurar.

O garotão, 16 anos, chegou, educado, e não quis sentar, havia duas confortáveis poltronas de couro na minha sala, ele as recusou. Queria ficar de pé e de pé ficou por uma hora. Em todas as aulas o garotão ficou de pé, inquieto, mas muito bem-educado.

Numa certa tarde quando eu dizia a ele da importância de varrer as gírias e as vulgaridades da fala, de falar o mais corretamente possível e sem chulismos, ele parou e me disse que falando desse modo com os amigos dele aos fins de tarde no bar “Coxixo” ele seria gozado, ridicularizado. Concordei com ele e expliquei. Os que chegam com uma proposta pessoal de qualidade são falsamente ridicularizados, são, na verdade, admirados e mesmo “temidos”… Ouvi do medo do jovem em ser rejeitado pela fala “grãfina” e disse a ele que o tempo ia passar e que anos mais tarde ele e os amigos se reencontrariam… Ele, o ex-aluno de oratória, atrás de uma mesa, dirigindo um negócio, e os amigos lhe batendo à porta pedindo emprego…

Tende a ser assim a vida, os que têm um projeto, um objetivo, um sonho, cruzam a linha da vitória na vida, os outros batem palmas ou pedem ajuda.

Gostariam de saber por onde andam a mãe dele e o jovem que me foi procurar…

DESPUDOR

Dia destes, um cidadão bem conhecido de Florianópolis foi abordado por uma mulher na rua que lhe pediu um especial favor: ela queria que ele lhe desse um fogão, que para ele um fogão não seria nada, disse ela… O sujeito, é claro, não deu o fogão, era só o que faltava. Ele agora anda sendo destratado por aí porque não deu o fogão. Tem cabimento? Dei a ele um conselho: arrumar dois “amigos” e mandá-los procurar pela “pedinte”…

FUGA

O Brasil vai de mal a pior. Nem vou falar das “invasões” a Florianópolis… Muita gente está juntando o que pode e se mudando para o exterior, simplesmente porque são pessoas, muitas delas, conhecidas e por aqui são achacadas, assustadas e cerceadas de ir e vir em paz. Alguém tem que fazer alguma coisa. Mas quem? Melhor é cair fora mesmo.

FALTA DIZER

Do livro “Sucesso, Paz Interior e Felicidade” peguei esta frase: “O casamento é uma escola onde se aprende tarde demais”. Sim, é verdade para os apressados. Quem para, olha e escuta tende a errar menos, mas é preciso sensibilidade e controle emocional para isso. No mais, pura verdade.

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