Para ser feliz
Vamos ver se você está em lua-de-mel com sua memória. O que significa a palavra tresler? Puxa, na mosca, é isso mesmo, é ler várias vezes o mesmo livro ou trecho, é mais que isso, é ler de trás para frente. Foi o que acabei de fazer com um livro que está seboso em minhas mãos, tanto que o li e reli… O nome do livro? Pois não, – “Velho muito cedo, sábio muito tarde”. O autor? Gordon Levingston, claro, americano.
E antes de dizer a que venho, devo lembrar, apenas lembrar, que você já me ouviu cansativas vezes dizer que “Sempre concordamos com quem pensa igual a nós”. Duvidas? Claro que não. Tente não concordar com quem pensa igual a você, tente. Somos uns cínicos natos e hereditários, mas negamos isso…
Pois bem, no tal livro lido, relido e treslido, há um conceito sobre felicidade que penso interessa a todos nós, ou será que alguém dispensa algum conselho sobre felicidade? Lá vai. O autor do livro diz que – “Os três componentes da felicidade são: algo para fazer, algo/alguém para amar e algo para desejar”. Faço um reparo, você pode amar alguém ou pessoas sem o interesse do amor convencional, o amor de cama… Fora disso, aperto a mão do autor, é isso mesmo. Mas sobre isso, já falei aqui incontáveis vezes. Quem se aposenta para a vida vai morrer mais cedo, é estatística mundial. Estar ocupado, ter com o que se ocupar é sinônimo de mente saudável e corpo ativo. O mais é “aposento”, vida de aposentado da vida… Amar o trabalho, uma arte, uma ciência, uma bobagem, seja qual for, nos ocupa, nos dá sentido à vida. Não entendo como caras saudáveis, aposentados, vivem por aí jogando dominó ou simplesmente trocando a água do cachorro, querem “chumbo” da vida e não sabem disso? Como é que “outras coisas” souberam e sabem direitinho, hein, sonsos?
E desejar algo significa ter um objetivo diante do nariz, correr atrás dele, suar, motivar-se, ter por que sair da cama pela manhã… Fácil ser feliz? Seria. A maioria, todavia, pode até concordar com as ideias do Gordon, autor do livro, mas dão de ombros, ou são preguiçosos ou são inúteis da vida. Maioria. Só não se queixem de serem infelizes…
SOM
Eu vivo falando sobre isso, mas tenho pregado no vento… Ontem, estava na casa de um senhor, idoso e acamado, quando a certa altura passou pela frente do apartamento dele uma moto com descarga aberta, barulho insuportável e debochado… E o cidadão apenas disse: – “Esse infeliz passa aqui várias vezes ao dia…”. E ninguém faz nada, acrescentei. Crime grave de trânsito. O povo tem que pegar esses tipos, se quem de direito finge não ver, que o povo comece a “agir”… Povo, ação!
LOROTA
Abri o jornal e o jornal afirmava: – “Nutrição ajuda no controle da ansiedade”. Vão enganar lá nos… Ansiedade é medo disfarçado em várias inseguranças; não se a combate com remédios ou comidas, só reformas na mente, no modo de pensar, podem ajudar. Convencionalmente, “eliminada” uma fonte de ansiedade, vem outra. É um jeito de ser. De nada adianta ouro em pó na batatinha das inseguranças…
FALTA DIZER
Uma “conhecida” apresentadora de televisão, demitida por sucessivas “doenças” emocionais, disse numa entrevista de rádio que “burnout”, um esgotamento falsamente produzido pelo trabalho, é doença crônica. E ninguém a manda prender? Baita estupidez. Burnout é reação de quem não gosta do que faz e a tudo reage. Apaixonados do trabalho não sabem o que é “burnout”.
