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Opinião

Somos iguais

Todos nós somos iguais nas vivências emocionais, todos, sem exceção. Mas é bom que fique claro, somos iguais nesses processos emocionais, só nisso… E nesses iguais, o que nos faz diferentes é o modo de sentir ou a graduação dos problemas que nos chegam, nossos modos de enfrentá-los. For disso, somos iguais sim. Ninguém, por exemplo, está protegido do medo, da insegurança, das ansiedades, das depressões, das neuroses de todo tipo, mas… Como já disse, é o grau, o modo de viver esses estímulos que nos faz diferentes.

Estou neste assunto surrado não por outra razão senão porque acabei de ver na televisão um pequeno debate sobre medo e frustração. E quem na vida não vive com medos e frustrações? Nem o papa escapa; bah, até acho que o papa deve ter certos medos que nós não temos, haja vista o pessoal que o cerca… Barra pesada.

Mas o que eu quero dizer é que o medo nos chega de algo objetivo, algo de que podemos fugir ou enfrentar, um cão bravo, por exemplo. Irmã gêmea do medo é a ansiedade, que também é medo, mas é medo de algo vago, impreciso, que não pode ser objetivamente enfrentado. Todos vivemos esses emocionais, a questão é como os enfrentamos. Com sabedoria podemos ou liquidar com o que nos dá medo, enfrentando ou fugindo do que nos causa medo. Já a ansiedade não é tão fácil de ser vencida, ela não pode ser “pegada” como o medo. E a ansiedade diminui à medida que vamos tirando o valor do que nos assusta, se soubermos objetivamente do que se trata.

Com relação à frustração, antes de tudo é bom saber que ela resulta de desejos não realizados. E isso diz tudo. Sem desejos não há frustrações; logo, é fácil, até certo ponto, evitá-las.

Só uma pessoa muito tosca pode ter medo de fantasmas, não pode haver medo do que não pode ser enfrentado, do que não existe, neste caso o máximo que se pode dizer é que o medroso está, na verdade, ansioso. Resumindo, conhecimentos nos podem fazer tranquilos, mas não nos garantem paz, e pela singela razão de que inobstante todos os nossos conhecimentos, nos restará sempre o lado irracional e estúpido do ser humano. A filosofia budista do desapego nos poderia ajudar nestas questões, mas a estupidez humana é apegada aos irracionais.

DESCOLADO

Você conhece o Faustão? Claro, só existe um, esse mesmo. Pois ontem vi uma foto do Faustão sobrepondo-se a esta manchete: – “Faustão troca visual formal por descolado”. Nenhuma surpresa, já disse aqui que a qualquer hora alguém vai apresentar um telejornal de cuecas. E será um sucesso para os que apreciam o “descolar”, regra que anda por aí tudo, invadindo as telas…

SILÊNCIO

Um psicoterapeuta aconselhando num jornal a que os idiotas (adjetivação minha) pensem bem antes de postar qualquer coisa nas redes sociais. Vale para todos, o conselho. O que há de abobados-da-enchente postando idiotices é caso de polícia ou de psiquiatria, gente metida à boa, o que é pior. O melhor de tudo é mesmo não postar nada. No silêncio está o poder.

FALTA DIZER

Entrevista de jornal com Richard Brason, dono da Virgin Airlines, americana… Ele foi direto: “As pessoas passam 10, 15 anos estudando matemática quando, na verdade, do que precisam é saber somar, subtrair e multiplicar”. Ele tem razão, somar lucros, subtrair pessoas, demitindo-as, e multiplicar os ganhos acumulados. De fato, simples. É o que fazem os vencedores no capitalismo…

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