Mosca ou besouro?
Estava olhando para o nada e pensando na vida. Sim, é possível olhar para o nada e pensar na vida. Nem vou entrar na filosofia dos pessimistas e dizer que quando se pensa na vida se pensa no nada, nem vou… Não lembro se foi uma mosca ou um pequeno besouro que me acordou. Sim, também é possível ser acordado para a vida por uma mosca ou um besouro, perfeitamente possível. Acordei e fui achar pelo que fazer. Ao ir para a cozinha, olhei para o portão da frente, tinha acabado de chegar um dos três jornais que assino. Peguei-o e passei um olhar pelas páginas, sublinhando o que iria ler mais tarde…
Pois não é que havia um caderno de negócios e nele uma manchete fustigante, manchete para nos “acordar” para a vida…
A manchete dizia assim: – “Dê uma “giradinha” no seu negócio e evite o fracasso”. A manchete era seguida por esta frase: – “Nem sempre uma ideia de negócio dá certo de primeira…”. Continuava a explicação, mas parei por aqui e trouxe a frase para a vida, a minha, a sua, a de qualquer um… Todos precisamos dar uma giradinha em certos parafusos da nossa mente, da nossa cabeça, bah, mais que necessário.
Quando li sobre a “giradinha” nos negócios, pensei, como já disse, na minha cabeça, das giradinhas que preciso dar. Fui buscar uma folha de caderno, foi pouco, busquei outras. De repente, dei-me conta que nem o caderno inteiro seria suficiente para anotar e lembrar mais tarde das “giradinhas” necessárias. Mas é assim com todos, não se engane, aliás, não penso que você se engane, todos sabemos dos nossos parafusos frouxos…
Pensadores budistas, esotéricos de toda sorte, pessoas voltadas para as elevações da mente nos garantem que é sim possível dar as giradinhas de que precisamos e ajeitar a cabeça para uma vida melhor. Nós sabemos disso, ninguém nos precisa dizer. O diacho é mudar, é fazer força para mudar. Sempre achamos que temos razão, isso de um lado, de outro, o condicionamento que nos acompanha na maior parte das nossas ações e como resultado do proverbial “período de molde”, quando do berço aos 5 anos os adultos nos passam seus carimbos de obtusidades. Não temos jeito… Ou temos? Eu acho que já desisti. Faltaram folhas no meu caderno…
VIDA
Olhei bem para a cara dele, jovem e cheio de saúde, 62 anos. Foi numa edição da revista Exame. O sujeito se aposentou e esfregou as mãos, ia ter tempo para viver sua paixão: caça submarina, (uma estupidez refinada). Saiu para os mares, fazer o que passara a vida sonhando, só que… Deu-se conta de que era jovem, saudável e…. desocupado, que não seria feliz apenas submerso no mar. Teve consciência e voltou ao trabalho. A consciência, penso, o salvou para a vida, e poupou bichinhos indefesos da estupidez…
CUIDADO
Cuidado com ofertas muito especiais de certa gente no comércio. Mais das vezes, a grande oferta não passa de um formidavel engodo, você acaba pagando a “metade” do dobro do preço. Uma baita esperteza… Produtos bons têm preços “firmes”, não há desconto sobre eles, o que há é preço de mercado. Não existem vantagens gratuitas…
FALTA DIZER
Se o sujeito está pensando em se aposentar e tem saúde, precisa pensar objetivamente sobre o que vai fazer nas férias que matam: a aposentadoria. Aposentado vive nos aposentos, a vida gosta de sol e muito suor, o do trabalho. À frente, indolentes!