Ela não vivia
O nome dela é Taryn, 36 anos, australiana, mais não digo. O que importa é o fato. Essa moça vivia diante do espelho, nunca se achava bonita, e era linda. Tenho fotos dela. Aliás, ela fazia parte das 96% das mulheres do mundo que não se acham bonitas. Os americanos fizeram a pesquisa. E com bom humor alguns disseram que as 4% que dizem se achar bonitas mentem… Elas que se reavaliem, porque eles, maioria absoluta, são uns atirados.
Voltando à Taryn, ela aos 36 anos, quando gestou e pariu o terceiro filho, não vivia mais. Olhava-se o tempo todo no espelho e se vivia horrorosa. Via estrias até no nariz, celulite até nos olhos, barriga flácida, um horror. Era assim que ela se via e pensava. E para agravar tudo, desconfiava que o marido a estava achando muito feia. Decidiu por uma cirurgia drástica, ia “tirar” a barriga, limpar as celulites, acabar com as sobras de gordura, tudo. Não saía mais da academia e não sabia mais o que era comer, gorda que se achava. Bah, e eu vi as fotos dela nesse tempo de horror, vi nas páginas da Claudia. Santo Deus, que lindeza de horror… Mas não adianta dizer isso quando a pessoa não se vê bem.
Tudo preparado para a cirurgia “total” quando ela ouviu um padre na televisão falando sobre amarmos o nosso corpo, o templo de Deus… E como, dizia o padre, como um pai, uma mãe pode falar desse amor aos filhos se a própria pessoa não se ama e não está vivendo em razão da preocupação doentia com a beleza “externa” do corpo físico? A beleza se vê de dentro para fora e não de fora para dentro, disse o padre.
Taryn voltou à terra e deu-se conta de que não estava vivendo, de que não poderia educar bem a filha Mikaela, de 4 anos, pensando e agindo como ela pensava e agia. Decidiu mudar a cabeça e aceitar-se como era, decidiu viver. E começou a viver, o que é possível para qualquer um de nós seja qual for o problema. O que nos dá ou tira vida é a cabeça, o modo de pensar. Que vergonha ter que dizer isso…
E eu vi fotos da Taryn antes da decisão dela. De fato, estava fora da casinha, lindíssima. Aceitemo-nos… Para a felicidade.
TRISTEZA
Olhei bem para a cara dela. Bonita. E mesmo que não fosse, saudável me pareceu ser. 48 anos. Herdeira de um império americano de uma marca que você conhece e usa todos os dias, aposto. Quando na foto essa que vi, parecia feliz, mas… Matou-se. O que poderia justificar esse ato extremo? Seja o que for, garantidamente o dinheiro não produz felicidade…
FALA
Ela já subiu mais de mil vezes no palco, nada tem de ingênua, mas tem de tosca. Foi dia destes. A “moça” subiu ao palco três dias depois da morte do irmão. Antes de cantar, disse que o show não pode parar. Não precisava ter dito essa grosseria desrespeitosa. De fato, a fala revela a pessoa por todos os poros…
FALTA DIZER
No ambiente de trabalho, cada macaco no seu galho, certo? Pois é, mas em todos os galhos há muitos “macacos” disputando posições semelhantes. Como fazer para chegar mais tranquilo ao trabalho e garantir o seu “galho”? Deixar de ser molenga e qualificar-se cada vez mais, com isso o sujeito vai garantir o seu “galho” no trabalho, um galho menos concorrido, afinal, quanto mais qualificada a pessoa mai “sozinha” ela fica… Fácil?
