Ela põe a correr
Dizendo melhor, ela põe muitos a correr, não a todos, é claro… Já conto. Foi dia destes, mas como ela é uma “dama” muito especial, não vai ficar brava por eu só falar dela hoje. Semana passada, não lembro o dia, foi o dia dela, o Dia da Gentileza. Você sabe que essa dama, cujos pais são a educação e a sensibilidade, convive conosco todos os dias, aliás, devia conviver, mas muita gente foge dela. E por que muita gente foge ou parece fugir da gentileza? Porque gentileza exige educação e sensibilidade, já disse. Exige fino trato.
Sem gentilezas não atravessamos a passarela da vida, precisamos dela dentro de casa, na escola, no trabalho, nos convívios sociais de toda sorte e muitíssimo, é óbvio, no casamento. São tantas as ações a envolver a gentileza que fica difícil defini-la. Mas todos a conhecemos, muitos a querem receber e se esquecem de oferecê-la aos outros. E é aí que o bicho pega e a água fica turva.
Admitamos que você seja cordial, cortês, gentil com “todos” os colegas, mas alguns não respondem por igual, ou fingem não vê-lo, não vê-la, ou mal movem os “beiços” para um cumprimento. E no caso desses emburrados, é beiço mesmo, lábios têm as pessoas educadas, ué, gente! Como você reage?
As pessoas toscas ou são toscas naturalmente ou ficam mais toscas quando trazem de casa para o ambiente de trabalho suas encrencas caseiras ou existenciais, tornam-se assim antipáticas, pondo colegas a correr. Os antipáticos, as antipáticas no ambiente de trabalho são muitos. Eles cavam fundo a cova da antipatia. Ah, quase esquecia, não é verdade aquela história de que gentileza gera gentileza, não gera, não entre os antipáticos, ou eles não reconhecem as gentilezas alheias ou fazem o que lhes dá na telha quebrada de suas cabeças. Gentileza só gera gentileza entre pessoas sensíveis. Bem poucas.
Pensemos num casamento em que ele ou ela, ou ambos, são insensíveis para as gentilezas… Até onde irá esse casamento? Como suportá-lo? E no ambiente de trabalho, onde passamos horas e horas todos os dias? Como conviver com os avessos às cortesias? Já disse, marcá-los na paleta e dar-lhes o troco, no caso, o troco da indiferença. Não vão se ofender, afinal, são insensíveis no convívio.
CHICO
Bem disse Chico Xavier no livro “Pérolas do Além” – “Cada um abrange a paisagem de acordo com o degrau em que se encontra na escada evolutiva”. Sutil e irretocável. Em todos os lugares você pode encontrar “pessoínhas” bem simples , sem nada, mas de uma grandeza pessoal admirável… Já outros, cheios de títulos e de tudo, saiamos de perto, o bafo não é nada agradável… Ainda bem que é assim, de outro modo teríamos as aristocracias genéticas ou culturais. Ainda bem, é não é mesmo, Chico?
PIOR
Tenho visto jornalismo policial todas às tardes, Rio e São Paulo, e a sentença é condenatória, não a sentença dos tribunais, mas a sentença do povo: o Brasil vai de mal a pior em segurança pública, de mal a pior. A bandidagem está fazendo o que bem entende, livre e fagueira, segura de que nada lhe vai acontecer. E não vai mesmo. O Brasil vai de mal a pior, até quando? Até quando?
FALTA DIZER
Um conhecido, vive em Porto Alegre, fez todo o negócio por internet. Encomendou uma cesta de flores em Florianópolis para ser entregue a uma amiga. Flores para uma rainha, só que… A amiga recebeu umas margaridas muito sem graça, mas o preço foi daqueles… Essa safadeza acontece muito. Abra o olho.