Por que não?
Temos o maior de todos os poderes, mas… Não o usamos, aliás, não conheço quem o tenha usado até hoje. Antes de entrar no varejo do assunto, ouça este trecho do livro “Buda – o encontro do equilíbrio”, que acabei de ler. – “Rios e montanhas irão se modificar, mas é difícil mudar a personalidade de uma única pessoa”. Troco, por minha conta, a palavra “difícil” por impossível. Ou quase isso. Queres ver?
Tu, eu, nós, vós, eles – podemos pensar no que quisermos, podemos fazer o que bem entendermos, pensando somos livres. Absolutamente livres, todavia… Não fazemos uso dessa liberdade, e seria essa liberdade a liberdade da nossa felicidade. Quando os antigos diziam que podemos mudar uma montanha de um lugar para outro, claro, faziam uso de uma linguagem simbólica, mas eivada de uma verdade incontestável: o nosso poder pela fé e pelos pensamentos. A velha história do – se tu podes crer, tudo é possível ao que crê. Crer é pensar. Pensar como verdade, seja o que for.
Curiosamente, vivemos esperando pelos outros para que esses outros nos melhorem a vida. Esperamos pelo pai, pela mãe, pelo professor, pelo diretor da empresa, pelo prefeito, pelo governador… e vamos esperando ajudas vida em fora. “Esquecemos” que mudando os pensamentos, a personalidade, como dizem os budistas, vamos mudar a nossa vida. E é mesmo assim tão difícil mudar o modo de pensar? Muito, para não dizer impossível.
Quantas vezes já falei aqui do “período de molde”, uma das bases da psicologia freudiana? Esse período de molde vivemos do nascimento até, mais ou menos, os cinco ou seis anos, o mais tardar. Os mais velhos que nos cercaram na primeira fase da vida incutiram-nos seus valores, suas loucuras, medos e limites e a partir daí, babaus, vamos crescer condenados. Salvo, é claro, que nos tenham muito bem educados.
Quem, por exemplo, me impede de sentar-me sobre uma pedra e gritar para a vida que sou feliz, quem? Ninguém. Essa ação seria resultante de um pensamento, um pensamento que me poderia fazer feliz. Não tenho, todavia, coragem para fazer esse grito e menos ainda acreditar que seria um grito de verdade. Acreditar e viver depende só dos nossos pensamentos. O milagre estaria na mudança. Temos o poder de ter a vida que desejamos, felizes, mas… Pelos pensamentos nos condenamos aos cárceres da monotonia infeliz. Medrosos e impotentes.
LIVROS
Esperem um pouco, devassos, abuso tem hora! Passo nas livrarias e o que mais vejo em destaque são livros com títulos a envolver palavrões, palavrões daqueles. O que os autores vagabundos estão pensando? E as editoras? Cuidado, paciência têm limites. Capas, títulos, fotos, o que for, ou dentro da decência ou vão vender esses livros na porta dos motéis. Não abusem… Cuidado!
FILHOS
Conheço pais que passaram, ou estão passando, pela vida só pensando no futuro dos filhos, sacrificam-se de modo estulto. Ouçam, então, esta passagem do livro – “Buda – o encontro do equilíbrio”: – “Os filhos poderão cuidar de si mesmos quando estiverem crescidos; por isso os pais não devem trabalhar duro demais para o futuro deles”. Concordo. É educar os filhos e deixá-los que se bastem. O mais é burrice.
FALTA DIZER
A liberdade é como um elástico: vai até certo ponto, daí em diante pode arrebentar a qualquer momento. E no caso da liberdade, o ridículo pode ocupar espaço e deixar a pessoa fora das melhores apreciações ou mesmo do mercado de trabalho. E tudo em razão da frase idiota: – “Meus direitos”. Geralmente os ridículos são os que mais defendem esses direitos.