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Opinião

A verdade

Somos muitos estranhos. Somos, quem? Nós os humanos atrevidamente ditos racionais. De racionais temos muito pouco. E não estou julgando os outros por mim, não senhora! Ou senhor. Vou logo ao que me traz até você neste momento, imagino que você viva de olho no relógio, afinal, é humano e moderno… Ao assunto!

Todos convivemos com frases rascunhadas ao longo da História e que resumem verdades irretocáveis das nossas vidas, todavia, as deixamos passar. As deixamos passar até que uma pedra da vida nos caia sobre a cabeça como resultado de nossas desatenções. Dou um exemplo.

Quem já leu o livro sabe de onde ela vem e quem não o leu já deve tê-la ouvido. Queres ver como você já ouviu a frase a que me refiro? Lá vai – “O essencial é invisível aos olhos”. E no complemento – “Só se vê bem com o coração”. Quem já não ouviu essa frase? Ela é parte da conversa da raposa com o principezinho na obra memorial de Saint-Exupéry, O Pequeno Príncipe.

De fato, os olhos físicos só veem os “por fora” das pessoas. Os olhos do coração veem por dentro. E é aí que o bicho, que a “raposa”, nos pega. Quem vê com o coração, isto é, com apurada sensibilidade, vê o que nos pode impedir um negócio ou, mais que tudo, amizades ou casamentos. Mas é bom dizer que não é de todo ruim só vermos, maior parte do tempo, com os olhos de ver. Quando apuramos o “ver” vamos acabar, inevitavelmente, ficando um tanto sós… É que mais das vezes as pessoas vestem com muito aprumo suas personalidades, suas máscaras, final, você já sabe que “persona”, máscara, do latim antigo gerou a palavra “personalidade”, a máscara que todos usamos nos cotidianos da vida. E ai de quem não tenha essa máscara bem presa sobre si mesmo, de sorte a produzir interessantes equívocos em quem pretendemos conquistar ou com quem precisamos negociar.

Não querer ver faz parte dos nossos mecanismos (inconscientes) de defesa. Não ver nos evita sofrer, mas não ver também nos empurra para o desfiladeiro dos grandes erros e dos inesquecíveis arrependimentos. Paciência. Se todos víssemos apenas com o coração não haveria mais humanos procriando sobre a Terra. E será que um dia nasceu alguém que pudesse ser visto por dentro sem as boas e disfarçadas máscaras de fora? Nunca. Ainda bem…

MODA 

Você sabe quem está de plantão 24 horas? O despudor. Nas redes sociais ou nos sites de “jornalismo” só o que se lê é gente confessando-se transtornada mental, traída, com prisão de ventre ou incontroláveis crises de puns, contam de tudo um pouco. Sem falar dos pacóvios que vêm contar de suas separações. Fulano separou-se de beltrana… E nós com isso? Danem-se, levianos. Mas está na moda ser desavergonhado.

TALENTO 

Frase de publicidade de uma faculdade paulista – “O talento já nasceu com você”. Cuidado. Talento é potencialidade, capacidade de vir a ser, não mais que isso. Para o talento florescer é preciso foco, vontade, disciplina e muito, muitíssimo treinamento. De outro modo, será talento minguado, o da maioria dos mandriões que andam por aí, avessos a esforços.

 FALTA DIZER 

Não perco páginas de sociedade nos jornais, faço isso desde os bons tempos de Ibrahim Sueden, no O Globo. Entre nós, abro o jornal e lá está uma “advogada”, de férias no exterior. Quase nua, sorrindo e agarrada num cabra. Advogadas seminuas? Mas hoje é assim, acham-se no direito de tudo porque estão de férias, sem falar nos sorrisos, mais falsos que moeda de três reais… Onde o pudor?

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