Missão é vida
Felicidade é vento. Ora, se a felicidade é vento, correr atrás dela é de uma inutilidade magnífica. Mesmo assim, desde que somos expulsos do paraíso (o ventre materno) pelo nascimento, andamos às tontas atrás da felicidade.
E não dá para dizer que ninguém seja mais ou menos feliz. Não dá. E quem são as pessoas mais felizes ou as que, pelo menos, mais se aproximam do que pode ser chamado de felicidade? As pessoas que nasceram para cumprir uma missão. E quem lhes deu essa missão? Supremo mistério. Missão é um roteiro de atividades na vida que não depende de patrão, empregados, pai, mãe, de ninguém. Missão é um trabalho que se confunde com um especial tipo de sacerdócio, é como que uma doação que a pessoa faz dos esforços dela à vida. Claro que essa missão pode estar atrelada a um trabalho regido pelas leis trabalhistas, tudo bem, mas o ideal da pessoa em missão transcende o aqui e agora e os salários depositados na conta. A pessoa precisa desses salários, mas está sempre olhando à frente, para um servir, seja do modo que for, ou a quem quer que seja.
Ter uma missão na vida é dar a ela o sentido que não costuma ter. A vida sem uma missão é um deserto sem água. Já a missão plenifica e justifica as vidas. E vem dessa verdade a existência dessas multidões de pessoas que andam por aí de vidas vazias, angustiadas, ansiosas e depressivas.
Quem trabalha só pelo salário e depende de um emprego, ao se aposentar vê a vida escoar pelo ralo dos nadas. Já os incendiados por uma missão vão morrer no cumprimento dessa missão… Mas as obras dessa missão vão continuar para outros obreiros que vão nascer. A vida só tem sentido se dermos a ela o sentido de uma jornada especial. E essa missão é nossa, intransferível. Um exemplo de missão na vida… Deixe-me pensar. São muitas, ajudar os pobres, por exemplo. Lutar pela defesa dos animais, brigar pela proteção das crianças rejeitadas e abandonadas pelos pais. Lista longa, infinita. Essas causas nunca terminam e seus missionários nunca vão se aposentar. Um médico que vá à extrema velhice cuidando de doentes é um missionário. São raros. E é isso, só isso, o que dá sentido à vida. O mais são vidas vazias.
HUMOR
Humor de latrina, isso sim. Dia destes, um jornalista de São Paulo, um lacaio que se acha, escreveu “brincando” que se houvesse câmeras de monitoramento no Paraíso, Eva não teria comido a maçã, não teria cometido o pecado original e todos nós estaríamos até hoje no bem-bom. Os impotentes não se querem dar por vencidos… Pecado é masculino.
ELAS
E ninguém reage. Em muitos canais de televisão você vê padres “soltos”, cantando, tocando e dançando. E você nunca vê, mas não vê mesmo, uma única freira fazendo parecido. Por quê? As freiras não cantam, não dançam, não contam piadas? Um machismo de uma figa que se preserva porque as mulheres, essas da maioria, ficam caladas, aceitam a submissão. Embusteiros, fora!
FALTA DIZER
Tontos, otários metidos a espertos. Quem? Os jovens brasileiros, na regra geral, entre 18 e 24 anos. Segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Diretores Lojistas, esses tipos não pensam em aposentadoria, não pensam na velhice. – Ah, são muitos jovens! – um leviano pode dizer. Esquecem que o futuro começa hoje. Cabeças vazias, sem leituras, e contas bancárias furadas, vão se dar mal, os babacas.
