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Opinião

Muito difícil

Peguei na metade uma entrevista de um diretor de RH de uma empresa paulistana ao pessoal da Record/TV. Mas o que peguei valeu pela entrevista toda. Num dado momento, o cidadão do RH disse que – “Uma palavra positiva ao colega desanimado pode curá-lo”… E como sempre concordamos com quem pensa igual a nós, aplaudi o cidadão. O que ele disse fez-me lembrar do que já disse por muitas vezes em palestras que fiz dentro de empresas.

E o que disse é que é muito difícil encontrarmos colegas positivos ao nosso redor. Dou como exemplo um colega frustrado e que decidiu ir “lá dentro” dizer uns desaforos ao gerente que o magoou, ainda que merecidamente. O que mais ouvimos quando tomamos essa decisão de ir “lá dentro” dizer uns desaforos ao gerente é – “Tens razão, esse cara é um chato mesmo, é um bobalhão que pensa que é alguma coisa…”. E o sujeito que já estava furioso fica mais furioso ainda, foi incentivado por colegas…

Minutos mais tarde, o impetuoso volta com o rabo no meio das pernas, ou perdeu tempo, não disse o que pretendia ou disse e foi suspenso ou demitido. E aí, e os colegas “incentivadores” o que vão dizer?

Vou repetir o que já disse miríades de vezes: ninguém tem três amigos, três, não mais. AMIGOS. Ninguém tem. E não vale citar pai e mãe, já irmãos podes pôr na lista, se for o caso… Mas não é fácil…

No ambiente de trabalho temos colegas, não amigos. Até pode ser que haja um caso, mas será um caso de exceção. O melhor a fazer, já disse também, é ter para com todos cordialidade e para com ninguém intimidade. Mas essa postura não nos impede de sermos positivos, otimistas, dar a quem precisa uma palavra de ânimo, palavra que pode mudar a vida da pessoa hoje encrencada, nunca vamos saber. O positivo nunca prejudica, mas o silêncio pode até levar alguém a um extremo perigoso…

Elogiar faz bem, chefes deviam elogiar mais, colegas deviam elogiar; claro, diante de uma verdade, afinal, não penso que alguém seja tão ingênuo para não reconhecer um “fake” elogio. Elogio faz bem, eleva o ânimo, produz motivação e faz parte do PIB da felicidade. Mas só os justos e felizes elogiam… Falando nisso, lembras do último elogio que recebeste? Aposto que não…

PERIGO 

Como jornalista e psicólogo fico com um olho no padre e outro na missa… É preocupante o suicídio e a depressão entre os jovens. Em alta. Algo está muito errado nas vidas em família, nas educações e nos valores de hoje… Esses extremos de condutas e reações dos jovens não vêm de graça, vêm de infelicidades muito silenciosas. Tudo está muito superficial, material e sem rumos. E por paradoxal que pareça, os jovens não gostam disso. Olho vivo, papais.

AMOR 

Uma Promotora de Justiça fez uma frase num telejornal e que precisa ser pensada, ainda que óbvia: – “Feminicídio é crime de ódio e não de amor”. A doutora tem razão, o amor não senta no banco dos réus. O ódio, seu irmão transviado, sim, esse explode na violência contra a mulher. Entende-se: o frustrado impotente é um boçal.

FALTA DIZER 

Ridícula. Ela devia ter ido procurar outra empresa. Uma jovem tinha um bom trabalho, mas namorou um cara, noivou e, porque ia casar, pediu demissão. Burra. Meses depois, o casamento foi a pique, um drama. E aí ela voltou à empresa onde trabalhara para pedir uma chance. Não devia ter sacrificado o trabalho por um calça-frouxa. Vale para todas.

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