Juntos é melhor
Fazia bom tempo que eu não a via. Reencontrei-a ontem, linda como nunca antes. Quis saber um pouco mais, quis saber tudo o que me fosse possível sobre ela. A idade, por exemplo. Ela está com 51 anos. Uma mulher com 51 anos começa a ser Mulher, até então é um projeto. Por favor, a leitora, leitor, me compreenda, é um ponto de vista pessoal, cada louco com suas manias…
– Falta dizer que essa mulher que ontem reencontrei é uma apresentadora de televisão, nunca a vi pessoalmente, nunca. Ela apresenta um programa de variedades num desses canais “menos votados”, isso não importa, importa é o telespectador gostar do programa ou de quem o apresenta…
Como disse, quis saber tudo que me fosse possível sobre essa apresentadora. E fiquei sabendo que ela “está” casada (sim, agora as pessoas “estão” casadas; não “são” casadas, tempos modernos), ser casada ou ser casado é para poucos, raríssimos, casos em extinção. Mas o que me trouxe a esta conversa, leitora, foi o que ouvi da apresentadora, lindíssima, repito, para o meu gosto…
Ela disse que está casada, mas que ela e o marido moram em casas separadas, “juntos nem pensar”, garantiu a apresentadora. Essa frase, juntos nem pensar, me sacode. Antes de tudo, entendo o amor como um caso possessivo, o que amo quero comigo, não quero longe de mim… Que diacho é esse de modernidade? Um aqui e o outro lá? Que amor é esse? E o que fazem quando se encontram? Fazem sexo? Era só o que faltava. O sexo, se for o caso, é o resultado, deve ser, de um clima entre ambos, um clima que só pode surgir do companheirismo, da amizade, da proximidade, de tudo, enfim, que configura o que devemos chamar de amor. Amor exige “posse” ou não é amor. Entenda, leitora, posse como sinônimo de coisa minha, perto de mim, algo que desejo e não me quero desfazer. Que estupidez é essa de casar e viver cada um em seu canteiro? Que amor é esse? Sim, sei, penso como um troglodita das cavernas, mas amor é amor e quero junto comigo. De outro modo, não digo que é amor. – Ah, e apresentadora é mesmo linda, gosto é gosto, sabe-se…
NAMOROS
Você já notou que nesses casos de namoro por via Internet e que acabam nas delegacias nunca são eles que mandam dinheiro para elas? Nunca. São sempre as apaixonadas ingênuas, não as quero chamar de burras, que fazem isso. Todos os dias, aqui, ali ou acolá um caso. Os mandriões fazem aquela conversa mole para enganar desesperadas, contam de uma dificuldade por que estão a passar e elas, maioria, prontamente, mandam dinheiro para as biscas. Bobonas. Nunca eles fazem isso, nunca…
ELAS
Uma defensora da causa das mulheres disse na televisão que a coragem de uma mulher de ir a delegacia denunciar um companheiro violento dá coragem a outras mulheres. Concordo, mas… De outro lado, a imprensa noticiando todos os dias casos de feminicídio também dá “coragem” a vagabundos para fazer o mesmo. Curioso, a imprensa hipócrita não noticia suicídios porque podem induzir outros casos de suicídio, todavia, noticiam feminicídios em detalhes todos os dias. Hipócritas.
FALTA DIZER
Maioria… Juventude otária, vive a perder tempo com celulares na mão. Tão broncos que não se dão conta de que usando em leituras 20% do tempo que perdem com mensagens em redes sociais poderiam ser pessoas admiráveis, “poderosas”. Suas cabeças ocas, vazias, poderiam ser brilhantes, de conteúdos fascinantes, bem diferente dos porongos que são.
