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O esforço da paixão

Coluna do Prates para a 6ª feira, dia 24 de Agosto de 2018.

Presto muita atenção às pessoas conversando, não sei se por ser jornalista, psicólogo ou por ser mesmo bisbilhoteiro. Minhas orelhas ficam em pé quando pessoas conversam por perto. Ontem mais uma vez.

Três colegas, cafezinho e nada de sério. Até que um do grupo falou sobre a Mega-Sena: – “Tu viste, o prêmio está acumulado de novo, bah, cara, uma baita grana”! E um deles perguntou: – Jogaste? Não, não joguei, foi a resposta.

Fiquei pensando. É assim que a maioria age na vida. Comenta sobre um “baita” prêmio de loteria, mas… não faz nenhuma aposta. Você sabe que quem faz uma aposta simples tem uma chance de ganhar contra 53 milhões de não ganhar. Bolas, é tão difícil ganhar quanto encontrar um dinossauro na missa das oito, mas… Se não jogar nem essa chance terá. Vale para tudo na vida.

Acabei de ver no Balanço Geral, da nossa Ric/TV, a notícia sobre vários cursos de qualificação profissional gratuitos aqui entre nós. Cursos para quem quiser ganhar fôlego e ter mais chances no mercado de trabalho, porém… poucos são os interessados pelos cursos. A maioria, desocupada, coçando, os vadios da vida, nem aí. Deus os livre de fazer um curso, buscar qualificação, não, não querem. Os vagabundos não fazem nada para melhor a vida e deixar a cabeça mais arejada. Ler um livro é esforço impensável para esses pesos sociais. A vida é uma loteria e como toda loteria a maioria dos bilhetes fica sem prêmios… crer, ousar, avançar, cair, levantar, insistir, perder, voltar a ousar e, finalmente, vencer, esse o roteiro dos vencedores.

Dia destes fui ao teatro em Florianópolis, fui ver o balé Kiev. Lá pelas tantas, desprendi-me de apreciar os bailados e fiquei pensando nas bailarinas e bailarinos como seres humanos especiais. Fiquei pensando nas horas, horas, horas e horas que eles levaram até chegar ao ponto em que estavam. Um “sofrimento” não sentido, um “sofrimento” anestesiado pelo entusiasmo da arte, da vontade de rodopiar no palco e ouvir na alma os aplausos dos admiradores. Vale a pena? É só o que vale a pena na vida, sentirmos os aplausos, dentro ou fora de nós, da admiração produzida por um esforço especial, o esforço da paixão. Vencem na vida os “apostadores” na fé, seja no que for. E você, por onde anda?

OUÇA
Ouça o que diz um diretor do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai): – “Quando a empresa precisa desligar funcionários, ela toma uma decisão racional, escolhe aqueles trabalhadores menos produtivos, menos capacitados, para serem demitidos”. E eu acrescento: fora disso, as demissões resultam de distúrbios de comportamento. Então fica assim: os empregados respondem por suas competências e empregos e por suas incompetências e erros. O mais é conversa da esquerda… 

ORATÓRIA
Sugestão às escolas: Não façam cursos de oratória com jovens dando-lhes antecipadamente um tema sobre o qual falar mais tarde. Daí resultam ensaios e memorização, não será um “improviso” a caracterizar a oratória de concurso, a que de fato avalia os bons oradores. Os temas têm que ser dados na hora, temas do convívio diário dos alunos. O mais é teatro de memorização, jamais oratória.  

FALTA DIZER
Observe esta estúpida sentença/provérbio libanês que tirei do livro Sucesso, Paz Interior e Felicidade: – “Bastou uma mulher para destruir o paraíso”. Eu gostaria que viesse à minha “delegacia” o macho impotente que por primeiro disse isso. Os impotentes só roncam com as mulheres. Fora disso, são “joaninhas”. Os Homens das famílias precisam reagir diante dos covardes com mulheres. Uma boa “conversa” faz bem… 

Proibido reproduzir esse conteúdo sem a devida citação da fonte jornalística.

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