
Modos de ser feliz
Quanto tempo dura o amor? Quem pode saber? As outras “atrações” humanas, como o sexo, por exemplo, têm prazo de validade definido: curtíssimo… E faz sentido, o convívio mata o mito, os desejos… A pessoa, ele ou ela, deseja alguém com a intensidade dos grandes incêndios, todavia, depois de um tempo, o fogo vai-se tornando mais fraco, mais fraco, mais fraco e… fica quase ou totalmente extinto. Falo do sexo, não do amor. Amor é convívio, respeito, admiração, “dependência”, num certo ponto, amor é pequenas e grandes partilhas no dia a dia, o que não envolve, contudo, o sexo que um dia foi o curto-circuito na relação entre eles e elas.
Digo o que digo após ter lido o meu horóscopo. E já cansei de dizer que hoje se pode ler o horóscopo sem qualquer risco, os horóscopos dos jornais são, na verdade, mensagens filosóficas ou psicológicas para o nosso bem.
No meu horóscopo estava dito, entre outras coisas: – “Envolva o seu coração em tudo o que fizer pousando um novo olhar no que se repete todos os dias”. Vamos combinar, todos nós, sem exceção, vivemos uma rotina de ratinho de laboratório, daqueles ratinhos que tentam subir numa roda que não para de girar… Somos iguais e não nos damos conta. Ora, se é assim, ter um novo olhar para o que não nos é novo faz bem à saúde, à saúde mental, que é saúde chefe da nossa vida. Ninguém me vai dizer que um encrencado na cabeça pode ter boa saúde, não tem e nunca terá.
E essa sugestão de – envolver o coração em tudo o que fizermos pousando um novo olhar no que se repete todos os dias, – bah, pode ser um sucesso no casamento de qualquer casal… Ver-se com novos olhos todos os dias, Santo Deus, haja lençóis para essa dupla… Mas é a tal coisa, a rotina, o convívio, produz momentos na vida do casal em que, durante o jantar, um deles pensa: – Ai que saco, hoje vai ter sexo!
Vivemos gemendo nossas rotinas e esquecemos que a rotina é abençoada, sair dela só vale a pena quando é por algo muito bom, mas vamos combinar, o que é muito bom não anda por aí se oferecendo assim no mais para nós e para qualquer um… Então, renovar os “olhos” para a vida cotidiana pode ser o encontro com a felicidade. Sem sairmos do lugar…
CÓDIGOS
Em razão de a educação estar em extinção, haja vista as crianças de hoje em dia, muitas empresas estão endurecendo seus códigos de comportamento interno visando a controlar abusos e assédios de todo o tipo. Não sei não… Um ordinário não se vai conter diante de um “código”, o que pode produzir resultado é punição dura e incondicional, a começar com pessoas em cargos de direção. Certo? É, acho que bebi!
RECUPERAÇÃO
Como não acredito em “ressocializações”, como não acredito em recuperação de delinquentes, o que deve ser adotado pela sociedade, em todas as suas instâncias, é a aplicação de uma lei penal diante dos delitos que sejam, claramente, lesivos ao bom convívio social. Só isso, o resto é enganação, água com açúcar. E dentro dos colégios esses códigos de punição têm que ser “militares”… Errou, paga; o pagar é a punição. Incondicional.
FALTA DIZER
Pessoas – saudáveis – que admitem ser idosas aos 65 anos não se respeitam, nem merecem ser respeitadas… Ah, mas a lei diz que… A lei não diz nada, quem diz é a pessoa a si mesma. Que esses “idosos” vão achar o que fazer e se respeitar.