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Luiz Carlos Prates – 27/09

Ter tudo e não ter nada

Dizem que o que não tem remédio, remediado está… Está postura tanto pode ser resultado da inteligência, da sagacidade humana diante do irremediável, quanto da acomodação, não vale lutar… Mas aí já surge a pergunta: o que é que não tem saída? Erro crasso pensar assim. Há incontáveis saídas para todos os problemas. Mas é preciso que a cabeça da pessoa veja isso e… lute. Se não lutar, a adversidade vencerá. E quem de nós não viveu, vive ou viverá uma adversidade?

Ontem fui a procurar por uma palestra do TED, palestras instrucionais, motivacionais, histórias de toda sorte e aperfeiçoamento do inglês. Fui ao TED por todas as razões.

Dei de cara com um sujeito de uns 50 anos, talvez menos, sou mau calculista de idades, um horror, confundo bebês com velhos e velhos com bebês…

Esse cidadão da palestra, que lhe deixei escapar o nome, estava numa cadeira de rodas e trazia no corpo todas as possíveis limitações físicas que alguém pode trazer do útero materno. Ele nasceu para não viver, disse o médico do parto à mãe dele. E o palestrante, bem humorado, disse que todos os médicos que o viram sem chances de passar do primeiro ano de vida já morreram. E ele estava ali, faceiro e falante. Prova, dizia ele, que tudo é mesmo possível ao que crê e luta…

Ele tem as pernas tortas, pequeninas, incapazes de o fazer caminhar, tem os braços tolhidos de movimentos mais amplos, fala com certa dificuldade, respira de modo ofegante, nunca saiu da cadeira de rodas, a vida dele, enfim, é um limite absoluto para ir e vir e executar trabalhos, mas… Falava sobre superação, realização e felicidade.

Falava dos poderes da mente para transformar o limão dado pelo destino na limonada de que somos capazes se nos aceitarmos em certos limites mas lutarmos por todos as conquistas… Paradoxo? Não, possibilidades humanas.

Ouvindo aquele sujeito pensei que ele bem podia estar usando de um mecanismo de defesa, provavelmente estaria, não importa, o que importa é não se dar a pessoa por vencida, seja qual for o problema. Há saídas, para tudo há saídas, só não há saída para fugirmos, um dia, da Monja de Preto e foice…

Ouvi a palestra e fui respirar lá no pátio. E pensar: e dizer que muitos têm “tudo” de bom dado pela vida e rangem dentes de sufocos por ansiedade e depressões… Que falta de uma boa surra. Da vida…

Gato

Acompanhei o caso desde o primeiro dia, faz três meses. Desordeiros quebraram de tudo um pouco num “protesto” em Brasília, e um dos desgraçados desse protesto jogou um gatinho de rua contra uma parede. O bicho salvou-se por milagre, foi adotado mas… agora teve amputada uma patinha. O que o bichinho tinha a ver com as frustrações do “vermelho”? Mas ele vai pagar, ah, vai! Roguei a ele todas as piores pragas do inferno. Ele as vai ter em vida, contra uma parede… Ah, vai!

Falsa

É preciso cuidados com a palavra “empresário/a”, ela anda muito desgastada. Leio num jornal catarinense que a Fulana de Tal, 20 anos, empresária do ramo da construção civil, está de férias na Itália… e blábláblá. Mas espere aí, “empresária” da construção civil com 20 anos? Ou ela é filha do dono? Ah, está explicado. Bajulação do cronista…

Falta dizer

Pago cafezinho até o fim do ano para quem me trouxer um aluno nota 9 ou 10 que faça bullying nos indefesos, bagunce as aulas e seja mal-educado com a professora. Só vagabundos fazem isso. Ferro. Muito ferro neles…

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