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Luiz Carlos Prates – 26/07

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A cabeça é tudo

Acabei de ler uma história que me arrepiou as sobrancelhas. Posto que não seja uma história rara, é de fazer pensar, pensar no medo, mas… Medo é uma “realidade” criada pela cabeça das pessoas. Nada produz medo, senão a cabeça de cada um. Há, por exemplo, quem não tenha medo de morrer, ora, quem não tem medo de morrer vai ter medo do quê?

A história que li vem de uma cidade do interior do Paraná, não lhe digo o nome… Estava num jornal de São Paulo. Envolve um trabalhador, pobre, faz biscates para sobreviver. Sobreviver é lutar para não morrer, para viver precisamos de bem mais…

O tal sujeito tem 45 anos e… há 11 vive num sepulcro do cemitério da cidade. O sepulcro foi um dia uma pequena capela onde pessoas de uma mesma família eram sepultadas, o tempo passou, a família sumiu e os ossos guardados na capelinha foram para o devido lugar… o lixo final. A capela/sepulcro ficou vazia.

O homem da história do jornal descobriu a capela e nela foi dormir todas às noites. Não é interessante? Você teria essa coragem? O “morador do sepulcro” tem e diz que nunca viu ou ouviu qualquer “assombração”, nada que lhe viesse à noite puxar os pés… Nada. Um silêncio repousante, não fossem… Não fossem os namorados que vão fazer sexo à noite entre as tumbas. Pode isso? De um lado um sujeito que dorme numa sepultura e nem aí… De outro, homens que têm ereção ao meio dos cadáveres e mulheres que vão ao orgasmo (presumo…) ao meio das almas desencarnadas. Que beleza!

– Como que beleza, Prates, que loucura é essa? Sim, que beleza, quer dizer, que legal, que bacana a ação dessas pessoas, do morador do sepulcro e dos amantes; significa que o medo, os receios de toda sorte, são apenas o resultado de nossa imaginação e dos nossos valores na vida. Tudo criação humana, efeitos da educação, dos condicionamentos religiosos e, mais que tudo, tudo como efeito da nossa estupidez de criar fantasmas…

Que bom que haja quem durma entre sepulturas e nada sinta, e que bom que haja quem faça sexo no meio de esqueletos e nem aí… Essas pessoas são corajosas, as outras, eu entre elas, são uns borrados do medo, uns otários que se acham alguma coisa… Todo medo vem da cabeça, e assim a coragem. E viver corajosamente é a melhor ou única forma de “Viver”.

 

MALHAÇÃO

Já disse, a “novelinha” Malhação começou com pequenas histórias para adolescentes, tinha pouca audiência. Para aumentar a audiência era preciso aumentar a “picância”. Inventei a palavra, derivada de picante… Dia destes, ouvi um mais velho dizendo a um mais moço na Malhação: – “Mulher tem que ter a rédea curta, mano; de outro modo, elas tomam conta…”. – “Ah, Prates, mas é um modo de dizer”! Desde quando? Isso é cultura machista que a novela reproduz. E as mulheres/burras? Ficam quietas.

 

DISCUSSÃO

Numa situação ideal, que eu não vejo como, os pais tinham que discutir esses diálogos da novela Malhação, ou das novelas em geral. Seria um momento de especial atenção à educação dos jovens, bah, como perco meu tempo… Os idiotas dos pais que andam por aí, escandalosa maioria, educam pelo exemplo deles, isto é, o pior possível, não raro, é claro, dissimulado, dissimulado como a cara deles…

 

Testo Imoveis Site-01.pngFALTA DIZER

Manchete da Organização Mundial da Saúde: – “No Brasil tem caído o número de jovens que usam camisinha”. Ouviu bem, pessoal das baladas? E os pais terão coragem de falar disso para as filhas? Duvido e faço pouco! 

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