
Elas, lá e cá
O que vale para lá, vale para cá? Sim. O ser humano é universal (no bom sentido…), somos todos iguais, sempre. Desde Adão e Eva até hoje nada mudou. O que se passava na cabeça do primeiro casal continua incomodando os casais de hoje. Como sabemos, somos todos um caso perdido.
Divago e não lembro se já falei aqui do assunto a seguir, desprendi-me dessa preocupação, afinal, faz parte do conhecimento humano que – o que é, já foi; e o que foi, será… Nada há de novo abaixo do sol. Então… Repitamo-nos.
Dia destes, li com perplexidade sobre uma moda de restaurantes “finos” na China: a moda de os restaurantes colocarem em muitas de suas mesas imensos bonecos de pelúcia, ursinhos, ursões… Razão? É que o controle de natalidade que por muito tempo foi duríssimo na China criou uma multidão de solteiros irremediáveis, não há mais mulheres para eles… Sim, eles, os mais “prejudicados”, afinal, quem não sabe que os chineses mandavam os camponeses jogar suas filhas recém-nascidas no rio? Mulher era (era?) prejuízo, incômodo para as famílias e desesperança para o Estado… Pútridos.
Essa notícia voltou à minha cabeça depois de ler num “grande” jornal brasileiro (grande porque eles dizem isso…) que – “Domingo sem futebol é meio que domingo sem macarrão”. Veja o pífio da manchete: domingo sem futebol, e macarrão. Macarrão é comida de lata de lixo, mata e não alimentada… E futebol é diversão de toscos avessos à leitura, aos bons e criativos filmes, à música, ao teatro, a tudo que responde por bom gosto e elevação do espírito…
Futebol na tevê, alta audiência. Pudera. Mas, acima de tudo, é gravíssima ofensa às mulheres, que respondem pela estonteante audiência das tevês. Sem mulheres acaba-se a televisão, mas os imbecis que dirigem as tevê buscam contentar os machos, claro, os machos impotentes, a maioria, quase a totalidade… Aliás, esses machos pensam que potência é só lá embaixo… coitados, tapados.
Enfim, chineses com ursinhos como companhia no restaurante e por aqui um domingo sem futebol é um caso sério… Mas veja e note bem, as duas “paradas” envolvem mulheres, no desrespeito por elas e no achincalhamento de seus valores.
Vai mudar? Claro que não, vamos de mal a pior na educação das meninas, de mal a pior. E se tiver que haver um reação, só poderá vir de parte delas. Mas não virá…
VERDADE
Um instituto americano, o Child Trends, diz que – “Estudos mostram que crianças criadas fora do casamento estão mais propensas a abandonar a escola, a usar drogas e a envolver-se com violência…”. E quem não sabe disso? – Mas vá dizer isso para os que defendem a “família moderna”, a família “múltipla”, vá. E os filhos? Que se danem, os pais não pensaram neles. E que fique claro, não nasceu até hoje uma criança que não desejasse – não precisasse – das asas quentes e protetoras de pai e mãe.
CRISES
Não adianta muitos tentarem tapar o sol de suas conveniências com a peneira das mentiras da modernidade… Por exemplo: a crise ética por que passamos (haja vista todos os canalhas acusados na Lava Jato) e as dificuldades generalizadas por que, de igual modo, passam os nossos jovens, começou, começa dentro de casa, com pais avessos à ética e aos bons exemplos. Pobres jovens.
FALTA DIZER
Falta dizer que os pais digam aos filhos que – casamento envolve renúncias pessoais, os dois devem pensar como um só, não pode haver felicidade com um para lá e outro para cá, livres pensantes e agentes. Os filhos precisam da unicidade férrea de pai e mãe.