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Luiz Carlos Prates – 25/01

Tenho pena delas

Pena delas? Tens pena de quem, Prates? Das professoras, coitadas, vai começar o ano letivo. Muita pena delas. Pena porque vão enfrentar multidões de crianças e jovens mal-educados. Aliás, mal-educados é força de expressão, fica melhor dizer “não-educados”. E educação, você sabe, é de responsabilidade dos pais. Uma criança aprender a dizer bom-dia ou a pedir licença ouvindo isso dos mais velhos que a cercaram e cercam na infância, coisa, como se sabe, em extinção nas famílias.

Estava lendo há pouco sobre os melhores alunos de matemática do Brasil, são todos de escolas públicas, não é “engraçado” isso? E dentre os melhores, disparados, os alunos japoneses ou descendentes diretos de japoneses… Ué, por que, terão os japoneses genes especiais para a Matemática? Não é isso.

Uma pesquisa do Ipea – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – acabou por nos revelar algo que muitos já sabiam, que os japoneses ou netos de japoneses no Brasil são os melhores alunos de matemática nas escolas públicas do país. A pesquisa foi adiante: Por que os “japinhas” são os melhores?

As respostas escapam dos genes e caem no cultural, isto é, nos modos de viver do povo. Perguntados por que iam bem nos estudos e em matemática de modo especial, os alunos de origem japonesa disseram que – Não podem, não devem decepcionar os pais… Disseram ainda que eles têm obrigação de ir bem nos estudos, que estudar lhes vai possibilitar uma vida melhor, e que estudar, ora bolas, é natural na vida…

Não são respostas óbvias e sábias? Claro, avós, pais, valores de família e cultura, enfim, ditam regras que são bem seguidas por quem tem história de disciplina e respeito na vida. Fácil de entender. Agora, me diga, os nossos guris e gurias não podem seguir pela mesma cartilha? Podem, mas preferem os videogames, preferem as festinhas promíscuas, preferem as redes (nada) sociais, preferem as drogas, preferem o desrespeito aos pais e, mais que tudo, o desrespeito às professoras em sala de aula. Foi por isso que disse ter pena das professoras, quem não sabe que elas estão desamparadas em sala de aula? Foi-lhes tirado todo o poder disciplinador, nada podem dizer e por nada “magoar” um vagabundo, uma vadia de pouca idade… Pouca idade no calendário, só no calendário, no mais… Credo, que vergonha, nem digo. Vem aí o ano letivo, salvem-se, professoras! E aplausos para os japinhas.

APARÊNCIA
Dia destes vi num jornal a foto de dois magistrados de bermuda e pés descalços andando numa beira de mar em Santa Catarina. Negativo. Tal tipo de “moda” e conduta são incompatíveis com a magistratura. – Ah, mas estavam na praia! Que não vão à praia, então. Vale o mesmo para médicos com barba, incompatível com a “limpeza” do rosto que o médico deve passar. E vale, é claro, para cozinheiros. Jamais de barba. E já disse também que um general em manga de camisa e sunga na praia não é nem nunca foi general. Estamos entendidos? Acho muito bom. 

VELHICE
Ouça esta: – “O declínio do vigor na idade avançada é, em grande parte, o resultado da expectativa que a pessoa tem desse declínio…” Quem disse isso foi um iogue indiano. E quem não sabe? Declínios na velhice costumam acompanhar a crença das pessoas nas dificuldades a ela creditadas, mais das vezes, psicologia pura. Os velhos inteligentes sabem disso. Se você acha que está velho/a não discuto, está… 

FALTA DIZER
E agora esta, incontestável também, mas você decide: – “O desespero por envelhecer faz com que você envelheça mais depressa”. Notaste que as ex-misses envelhecem mais rápido? É o desespero delas… 

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