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Luiz Carlos Prates – 23/10

Cuidado com eles

Tudo na vida começa aos poucos, vamos indo, vamos indo e de repente não conseguimos mais sair do buraco. Sim, buraco. Numa virtude ninguém cai, num buraco todos caímos. É preciso muito cuidado para não nos deixarmos cair na conversa do diabo dos nossos infernos, o hábito. Dizem que o hábito é nossa segunda natureza. Crasso erro. Os hábitos costumam assumir nossa primeira natureza, eles nos comandam, nos ordenam e não conseguimos mais dizer não a eles.

E o que é um hábito? É um comportamento que um dia começou por prazer, por necessidade, por alguma razão que nos levou a agir de um certo modo. E esse certo modo deu certo, pelo menos naquele momento. Virá um segundo momento e… vamos buscar socorro no ato que um dia nos aliviou. E a coisa se repete, e de repetição em repetição caímos no buraco do hábito. Hábitos, costumeiramente, são uma danação. Dificilmente um hábito nos ajuda de fato, dificilmente um hábito é coisa boa, aliás, se o fosse, não seria hábito, seria virtude. Virtude é também um hábito, isto é, uma repetição, mas nesse caso o hábito/virtude é uma ação que repetimos e que nos gratifica.

Mas como já disse, tudo começa por uma primeira vez. Faço algo e me sinto bem, posto que esse ato não seja em si mesmo coisa boa… (“posto que” significa embora, quase todos o usam como “já que…”, o que é um baita erro).

E aí, comadre, e aí, compadre, quais são os seus hábitos? Dos meus já estou quase desistindo, em nada me ajudam, pelo contrário, me atormentam, me estressam mas… como são hábitos fica difícil mandá-los às favas. A questão toda são as primeiras vezes na vida. Tudo tem sua primeira vez. E todos devíamos estar atentos a essas primeiras vezes. Ah, e é bom não esquecer que, como todos os vícios e drogas, os hábitos nos encurtam o caminho para muitos trabalhos… Só que é a tal vantagem que nos pode custar caro. Quando falo sobre isso, não falta um desatento que me venha dizer que tem um bom hábito e que nada tem para acabar com ele, e diz que costuma ajudar os pobres. O sujeito é tão medíocre que não entende que nesse caso não se trata de hábito, mas de virtude. Hábitos nos derrubam. Cuidado com eles, todos começam por uma primeira vez… Aliás, uma “primeira vez” nos engana até naquilo que costumamos chamar de amor… Credo!

VERDADE

Li, reli e tresli o livro… Tresler é ler de trás para a frente, não é ler três vezes. Que livro? “Consciência – a chave para viver em equilíbrio”. Do Osho. Numa certa página ele diz – “São inúmeros os tipos de analgésicos que andam por aí. Não só as drogas e o álcool, a chamada religião também é um ópio. Ela dopa as pessoas”. Que bom quando alguém diz o que muitos pensam e não dizem. Fui dopado – me doparam – por muito tempo. Aplausos, Osho.

PALAVRAS

O amor é instigante. Seu símbolo máximo, o menininho Eros, dispara flechadas nas pessoas… Cruzes! E os americanos dizem “to fall in love”, cair em amor… Cruzes, outra vez. Desde quando começar a amar é “cair”? Todavia, se tudo for bem pensado, de fato, amor é uma fechada e começar a amar é começar a “cair”… pelo menos no amor da carne…

FALTA DIZER

Queres um pouco mais de conforto e estabilidade no trabalho? É fácil, “basta” conjugar Competência com bom Comportamento. Conheces alguém assim? A maioria se diz competente e não é. E o mais, a gente sabe…

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