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Luiz Carlos Prates – 21/09

Nascidos na lama

Claro que o título é figurado, “lama” é a pobreza em que muitos nascem. Pobreza séria, cáustica. São pessoas que nascem com todas as dificuldades, crescem nas dificuldades e… de repente, passam a nadar no esplendor. E nesses casos, o que me irrita é a pessoa não olhar para trás e valorizar o hoje da riqueza, das farturas em relação aos “ontens” das dificuldades.

Sim, mas do que tu estás falando, Prates? De muitos, muitíssimos jogadores de futebol. Caras que saíram da miséria para a riqueza e que não suam a camisa como deviam, que fazem bico para o que ganham e para o que recebem em bom tratamento nos clubes por onde passam. Aliás, ingratidão à pessoas e à vida é pecado mortal, pelo menos para mim,

Dia destes, o treinador Muricy Ramalho, um vencedor no futebol brasileiro e que por questões de saúde saiu mais cedo dos gramados, fez uma declaração que assinei imediatamente embaixo.

Muricy disse que “O jogador ganha bem, recebe em dia, tem médico dia e noite, come do bom e do melhor e trabalha com instalações de primeira nos clubes… e ainda assim precisa de motivação”?  Muricy tem toda a razão. Os caras foram criados na pobreza, na lama das carências, crescem e bafejados pelo destino tornam-se ricos jogando futebol mas… Para suar a camisa precisam de incentivos especiais? Isso faz tempo que me incomoda, afinal, por 30 anos vivi no futebol, como narrador de jogos. Conheci jogadores que só faltavam comer a grama de tão motivados, já outros, bah, nem com relho no vestiário corriam para chegar primeiro que a bola na linha de fundo.

Vale para todos nós. Quantos estão bem empregados, ganhando um salariozinho razoável, afinal, estamos em crise, e mesmo assim os caras vivem torcendo o bico contra a empresa e contra o seu trabalho? Sabes o que falta a esse pessoal? Aos jogadores ordinários falta um bom banco de reservas, e aos trabalhadores um bom olha da rua… Safados.

E digo mais: em clubes tomados por pequenos, ainda assim, os jogadores recebem cuidados e tratamentos que nenhum outro empregado recebe nas empresas que andam por aí. Quer dizer, tendo consciência, responsabilidade e bom caráter, os bem tratados tinham que rosnar a fúria dos santos em defesa de seus clubes ou empresas. Mas qual, isso é para trouxas, pensam. Vagabundos.

 

FILTRO

“Famoso” comunicador do rádio brasileiro, fala em rede nacional, dia destes, depois de várias reportagens sobre políticos desonestos, disse que são “políticos sem filtro”. É o fim da picada um tal tipo de covardia. Sem filtro? Modo “educado” de dizer que os safados aparecem como são, sem os retoques comuns das selfies dos celulares, só que nesse caso seriam filtros morais. Que nojo de um tal tipo de jornalista, do bloco dos politicamente corretos, maioria dos jornalistas brasileiros.

 

DIFERENÇAS

Discutiram daqui, discutiram dali e ficou assim: Casas de shows podem cobrar preços diferenciados para homens e mulheres. Engraçado isso, uma ricaça vai lá e paga meia, uma mulher pobre e sozinha paga inteira. E outra coisa, preste atenção: nos shows com cantores não há ingressos diferenciados. Já nas casas de bailes ou pegação há… Isto é, onde a mulher é isca para o pega-pega ela é atraída ou pela gratuidade ou por entradas de preços menores. Tudo pensando, machos de uma figa.

 

FALTA DIZER

Gostaria que um sujeito corajoso fosse a uma igreja na missa das 10h de domingo e levasse um pouco de água benta para exames de laboratório. Corto fora se não descobrirem milhões de bactérias devastadoras à saúde. Provem que não…  

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