Não acredite nele
Sem rodeios, vamos logo ao assunto, hoje estou atrasado. Posso fazer uma pergunta? Obrigado. Lá vai: qual é o seu dedo da mão direita menos confiável, o que mais lhe costuma trair? Cumprimentos, acertou. É o dedo indicador, o dedo dos alcaguetas, o dedo do disfarce, o que apontamos para identificar culpados, certo? Depende. Esse dedo indicador, o alcagueta da nossa mão direita, é um falso, ele aponta para quem não tem culpa…
Ué, e quem é então que tem a culpa? Nós. Quando nosso dedo indicador aponta para alguém ele mente. Devia ter apontado para nós, nossas encrencas são criadas por nós, nossas safadezas são geradas por nossos instintos e caráter… Como não nos faz bem admitir culpas, apontamos o dedo para os outros. – “Ah, Prates, mas tu não sabes o que fizeram comigo lá na empresa onde trabalho…”. Seja o que tenha sido, leitor (a), você deixou a porta aberta para que fizessem o que fizeram com você, você deu trelas a quem não devia, deu espaços a quem não merecia, confiou além da conta em quem você pouco conhecia, abriu-se, enfim, de modo indevido. E agora colhes. Sei que é chato isso, muito chato apontar o dedo para nós mesmos, mas é a única forma que temos de melhorar e viver menos encrencados. Quase sempre, o nosso “dedo-duro” tem razão, quando apontado para nós mesmos.
Veja o caso dos casamentos. Já disse aqui que ninguém é vítima ou santo 100% nas desavenças conjugais. Sem essa de “Coitadinha, é maltratada por aquele safado que a enganou, pintou de anjinho e é um diabo…”. Sem essa. O cara foi diabo desde o primeiro momento mas ela não quis ver, negou o que viu, apostou que ia endireitar o pau-torto, não conseguiu e agora se queixa. Tonta. Não há isentos de culpas em qualquer desavença, não há.
Vamos encurtar a conversa? Então, fica assim: nosso dedo indicador é um alcagueta, um mentiroso, põe a culpa nos outros quando tinha é que apontar para nós mesmos… Pensei, pensei e fiquei pensando: – Mas então para que serve o dedo indicador? Ora, só serve para ser muito amigo, amigo mesmo, do nariz. São muito amigos. Tira para lá esse dedo…
Falsos
Discussões, saias-justas, sorteios, pesquisas, falsos enganos telefônicos, tudo fajuto nas televisões. Não acredite, é tudo para dar repercussões e ganhar audiência. A seriedade faz muito tempo, coitadinha, morreu, foi sepultada e ninguém sabe onde ficou a sepultura dela, infelizmente. Hoje vale tudo, tudo que é de pior. Sem falar, é claro, nas novelas, que fazem uma mistura de tipos, caracteres, sexo, drogas, safadezas de corar jovens sacristãos… Tudo, de tudo, para envolver a todos os segmentos da sociedade e, mais que tudo, já disse, ganhar audiência. Para essa gentalha não importa o “como”, importa o resultado…
Diabo
Você já notou que o diabo nunca desce/encarna em pessoas de boa cabeça, com qualidade de pensar, com qualidade de separar joio de trigo? Dia destes, o Papa se meteu numa discussão, uns católicos por aí estavam dando tapas na cara de alguns “endemoniados” para livrá-los do capeta. O Papa errou, esse tipo de gentinha, que se deixa tomar pelo diabo (histéricos) merece mesmo uns safanões. Eu queria ver o Temer, o Trump, o Obama, a rainha Elizabeth tomados pelo demônio, queria ver… Pois sim. Isso é coisa de gentinha doente mental.
Falta dizer
Chegaram as férias de semestre nas escolas. Hora de os pais chamarem os filhos e discutirem demoradamente as notas deles nas provas. Não há desculpas para as notas baixas, senão a vagabundagem. Certo? Acho bom “Laço”…
