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Luiz Carlos Prates – 11/07

Correr atrás do vento

Por que vivemos tão ansiosos, sempre com uma sensação de desconfiança…? E não adianta alguém bater o pezinho e dizer que não, que não é assim… Claro que é, isso é inerente à condição humana, e por isso os bichos são felizes, eles não têm consciência da finitude… Claro, quando eles, bichos, não são fustigados pelos malditos humanos que os incomodam em rodeios, vaquejadas ou quejandos… Os bichos, na verdade, somos nós, os estúpidos ditos racionais. Até hoje não se soube no que a tal razão nos faz bem, não se sabe.

Estou nessas divagações baratas, leitora, porque acabei de ler pronunciamentos feitos num Encontro Mundial sobre Cérebro, Comportamento e Emoções, em Porto Alegre. Uma reunião de neurocientistas.

Um dos palestrantes falou sobre a gênese da corrupção, segundo ele, uma doença mental resultante de mudanças morfológicas no cérebro. Será? Claro que não. Esses vagabundos que aí estão – ricos para o resto da vida com o dinheiro público – nada têm de “doentes”, são é safados mesmo, apostaram no sucesso de suas ações e não erraram. Ninguém devolveu nada e não vai devolver.

O ser humano é um caso perdido… Por que, por exemplo, lutamos tanto para ter mais e mais dinheiro, nada parecendo ser suficiente, bastante? Por que somos mortais e sabemos disso. Um cachorro não luta para acumular ossos num buraco no pátio;  ele come o que tem que comer e vai passear… O ser humano continua lutando para ter mais e mais.

Não nos damos conta, mas todos fazemos isso. Os que mais se sobressaem, claro, são os que prevaricam por dinheiro, mas somos todos apegados a algo, a alguma coisa, tudo visando a anestesiarmos a consciência da morte, aterradora. Afinal, de que nos adianta termos o reino na terra e sabermos que logo ali adiante vamos deixar tudo isso? É essa consciência que nos faz mal. E do mal que ela nos faz é um passo para as loucuras, roubos, crimes, drogas, tudo…

No caso do dinheiro, é inconsciente a nossa luta por ter mais e mais em razão da confusão que fazemos entre “ter” e “ser”. O sujeito pode “ter” todos os poderes mas nunca terá o poder de “ser” para sempre, seja no que for.

Mais uma vez, o velho e cansativo conselho: quem quiser viver um “pouquinho” melhor, só um “pouquinho”, a saída é estreita e conhecida: o desapego, não dar muito valor a nada senão ao amor. O mais é estultícia e correr atrás do vento, como diz a Bíblia no Eclesiastes.

 

SAÍDA

Nesse encontro de Porto Alegre sobre Comportamento e Emoções, foi discutida a questão sobre “Como o Brasil pode Combater a Corrupção”. Respondo daqui: isso exige, no mínimo 30 anos, começando-se hoje. As famílias têm que assumir a responsabilidade de educar os filhos, o que hoje não fazem; as escolas têm que recuperar o direito de usar “o relho” da disciplina; e as “autoridades” têm que ser publicamente condenadas e justiçadas quando prevaricarem. Sem isso, vamos continuar na Marquês do Sapucaí…

 

ELAS

Escrevi no meu Canal Luiz Carlos Prates, dia destes, que as mulheres hoje andam cheirando a guarda-chuva molhado, não usam mais perfume. Algumas pessoas me contestaram perguntando por onde eu ando, afinal, as mulheres que elas conhecem andam perfumadinhas. – Ah, pode ser, é que há muitos anos eu só circulo em redações jornalísticas, deve ser isso… Credo, que horror!

 

FALTA DIZER

Você sabe quais os três verbos mais importantes na vida dos pais diante dos filhos? Cumprimentos, é isso mesmo, são os verbos Educar, Cobrar e Punir. Santos remédios para uma futura vida tranquila.

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