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Luiz Carlos Prates – 05/02

Nossas escadas

Tudo o que inventarmos a respeito de destino é válido, posto que (embora) nada seja verdadeiro. Posto que tem como sinônimo a palavra “embora”. Exemplo? Posto que chovesse, saí sem guarda-chuva. Faço esse adendo de tanto ler em “grande jornal” de São Paulo esse erro, essa confusão. Todos metidos…

Mas como dizia, tudo o que inventarmos sobre destino é válido. E por isso estava pensando sobre nossas expectativas antes de abandonarmos o paraíso, o paraíso, você sabe, é o ventre materno, o único paraíso até hoje vivido e conhecido pelo ser humano. O outro é invenção de idiotas, aquele de Adão e Eva.

Estava pensando sobre nós antes de nascer. Imagino que todos pedimos uma “escada” ao nascer, alguns pedem uma escadinha, poucos degraus, coisa pequena. São pessoas que nascem sem ambições. Já outras pedem uma escada Magirus, daquelas enormes que os bombeiros usam em incêndios em prédios altos… Vai da vontade e da ambição de cada um ao nascer.

E o que significam essas escadas? Muito simples, há os que nascem sem grandes ambições, se contentam como pouco e não podem ser criticados, afinal, quem não sabe que se pode viver plenamente, e feliz, com muito pouco? E quem não sabe que se vive, costumeiramente, muito infeliz com sobras nos bolsos e na conta bancária?

O que não se pode aceitar é alguém dizer que nasceu sem talentos, sem sorte, sem isso e sem aquilo, querendo com essa lorota típica dos vadios existenciais negar que tenham recebido uma escada ao nascer. Dois ou três degraus para uma pessoa pode ser algo de muito bom, já outra não se contenta com qualquer degrau senão o último, o último presumidamente conhecido…

Quem pediu uma pequena escada ao nascer e está agora no seu degrau mais alto, realizou-se. E o destemperado que pediu uma Magirus e não sai do lugar? Quem é mais feliz e realizado na vida, o que tinha poucas condições e chegou ao seu degrau mais alto ou o que tinha muitas possibilidades de ascensão e ficou lá embaixo na vida?

Resumo da ópera? Todos temos um roteiro a cumprir, não cumpri-lo vale a condenação ao inferno: a infelicidade na vida, o ranger de dentes apontando para desculpas ou culpados. Cada um de nós nasceu para ser feliz dentro de suas potencialidades. Estou olhando para cima. O diacho é que não sei em que degrau estou… Mas o pior de tudo é perder a escada e ficar agarrado no pincel…

TOSCOS 
Se o Brasil está numa baita crise e 75% dos brasileiros não ganham mais do que 4 mil reais por mês, como se explicam os números das viagens ao exterior? Em 2016, o brasileiro gastou 6 bilhões de reais lá fora, ano passado pulou para 19 bilhões. De onde esse dinheiro saiu? E não são os ricos que estão viajando mais, são os “bolsos vazios”. Fazem crediários suicidas para comprar bobagens em outlets americanos, ficam pagando o ano inteiro e na volta se queixam do governo. Ordinários.  

AQUI 
Os pobretões querem viajar ao exterior para tirar selfies, comer sanduíches, ficar em hotelecos e voltam arrotando… Gastam o que não têm em outlets estrangeiros. Podiam comprar tudo do bom e do melhor nos outlets catarinenses. Aqui temos produtos iguais ou bem melhores, nunca inferiores. Mas a ignorância é de fato a mãe de todas as dívidas… 

FALTA DIZER 
Ouça esta: – “Pessoas solteiras infelizes que se casaram tornam-se pessoas casadas infelizes”. Do livro A Lei da Felicidade. E quem não sabe? Nossa felicidade ou infelicidade não depende do cônjuge, depende de nós. Só de nós.  


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