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Hoje e amanhã – por Luiz Carlos Prates

O diacho de você pregar certos conceitos, aforismos, ditados populares, o que for, é que muita gente não os entende ou entende como a cara deles. Vivo dizendo, por exemplo, que gosto muito da pregação budista do vivermos no “aqui e agora”. Viver no aqui e agora não significa negar o passado ou ignorar o futuro. Viver no aqui e agora é desprender-se a pessoa dos medos de um futuro vago e que bem pode não existir… Do mesmo modo, de nada adianta ficar roendo as unhas pelo que passou. Se o nosso erro do passado puder ser corrigido hoje, que o seja imediatamente. Mais que isso nada se pode fazer. Viver o aqui e agora é viver intensamente “este” momento de agora e aqui onde estamos. Se o momento de agora for bem vivido, proficiente, pronto, o futuro estará garantido. O que você tem agora no banco é o resultado das poupanças e investimentos que você fez ontem. Ontem e hoje se fundem nos resultados. 

Tenho muitos conhecidos e outros nem tanto que não estão nem aí para o futuro, futuro, insisto, que vai depender muito dos nossos momentos de agora. Pessoas pobres mas que não tiram o pé da estrada, vivem viajando e não pensam que a “idade” vai chegar…

Conheço trapaceiros com a corda no pescoço que pegam um dinheiro extra e se mandam para Fernando de Noronha, uns bagaceiros que não sabem quem descobriu o Brasil. Isso quando não compram carros caros e se entopem de gastos escusos. Gentinha.

Essa gentinha não lembra que o amanhã vai chegar? Gentinha não pensa no amanhã, gentinha pensa no aqui e agora das irresponsabilidades. Será que não sabem que a velhice hoje e mais comprida como jamais o foi? De onde vão tirar os recursos para viver com dignidade nos adiantados da vida? Não, gentinha não pensa, gentinha gasta, pensa que se diverte e não se dá conta de que é gentinha…

Está sobrando, sobrando mesmo? Bom, aí é possível uma viagem, não mais que uma viagenzinha… Os ricos fazem isso. Lá de vez em quando, viajam. Os pobretões transformaram aeroportos em rodoviárias. Fico a lhes imaginar o futuro. – Ah, claro, para as gentinhas não existe futuro, só existe o “ser feliz”.

GROSSO
– Ai, Prates, eu ouvi isso que tu disseste aí em cima, precisas ser tão grosso assim? Preciso, leitora, preciso sim. Certas verdades e com certa gente só tocando clarins para que ouçam, o clarim bem que pode ser um chute na canela, infelizmente. Como dizia Machado de Assis – se fores muito doce, te comem… Não esqueço das minhas aulas na escola maristas, os irmãos descascavam cebolas em cima dos mandriões, vagabundos… Era assim que falavam. E todos os que conheci em aula cresceram para o bem… Já hoje, tome pedagogia do amor. E dá nisso que anda por aí… 

TREINO
A pergunta que vou fazer, claro, não pode ser para você, mas, por favor, passe-a adiante: – Você já leu alguma coisa hoje, já aprendeu um novo ditado, já memorizou uma nova palavra, já fez algum cálculo? Se a resposta for não, vou fazer-lhe um prognóstico: vais ter sérios problemas de memória daqui a pouco, vais caducar antes do tempo, vais ser uma vergonha contigo mesmo, mesma… A memória é um “músculo”, ela precisa de nutrições/conteúdos e exercícios todos os dias. 

FALTA DIZER
Ainda não ouvi nenhum deles este ano, mas daqui a pouco vão aparecer os malditos a defender a farra do boi dizendo que é tradição. A forca a esses malditos, ou uma boa chifrada inesquecível… 


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