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Desculpas frias

Coluna do Prates para a 5ª feira, dia 12 de Julho de 2018.

Detesto desculpas, mais ainda quando são descaradas. As também chamadas desculpas esfarrapadas. Antes de dizer sobre o que me traz até você e alicerça minha ira de hoje, devo dizer que ando cansado de ouvir, e faz tempo isso, pessoas dizendo-se sem sorte, dizendo que suas cidades são pequenas, que as oportunidades são escassas, que estudaram pouco e em colégios ruins, que seus pais são ou analfabetos ou quase isso, que isso e mais aquilo. Nauseabundas desculpas. Só não viro as costas quando ouço essas pessoas nem sei por que…

Ouça está manchete do DataFolha: – “1 em cada 3 escolas de ricos tem nota no Enem abaixo do esperado”. Pois é, mas as notas das escolas são dadas de acordo com a proficiência média dos alunos… Ora, ninguém me vai fazer engolir essa peça de que “uma” em cada três escolas de ricos, isto é, escolas fortes, bons professores, tudo, deixem a desejar. Essas escolas ruins seriam ruins por sua administração, pela fragilidade de seus professores, pelos métodos de ensino? Ah, vão mentir lá atrás do morro…

O que depõe contra as escolas, o que as faz ter notas de avaliações baixas, seja a escola que for, é a qualidade moral e motivacional dos alunos. Se os caras não querem estudar, e muitos filhos de “abonados ou ricos” não querem, não há professor que os faça querer e estudar. Os vagabundos são vagabundos e pronto. Estou cansado de dizer aqui que o aluno faz a escola, jamais o contrário. Quando o guri ou a guri quer estudar, estuda, se comporta, passa, cresce e se realiza. O mais é desculpa, remendo para a vadiagem. E os pais, mais das vezes, pais ditos ricos ou bem de vida, não estão nem aí para os filhos, o que, aliás, é hoje regra geral, absolutamente geral. Em todas as classes, fique bem claro…

Essas desculpas de que a cidade é pequena, que o sujeito estudou em colégio “pobre”, que isso e mais aquilo, são desculpas, já disse. E agora ainda surge a moda do ir morar fora. Molambentos da preguiça querem tirar o time do campo brasileiro e levá-lo para o exterior sob a desculpa de que lá fora é tudo melhor, o jogo é fácil… Que melhor, ô, indolentes, que melhor? Quem sabe faz a hora, não espera acontecer, e faz aqui e agora. Estamos entendidos? Acho muito bom.

REPETIÇÃO

Insuportável ouvir todos os dias que Santa Catarina está num crescendo assustador no Brasil na violência contra a mulher. Não tem cabimento. Mas me desculpem as mulheres, muitíssimo por culpa delas: educam mal as meninas e toleram, vão tolerando todas as ameaças, cerceamentos e agressões dos “impotentes” com quem namoram ou vivem. Se a mulher educar as filhas para se impor como mulheres cidadãs e elas mesmas, as mães, fizerem isso, os “bermudões” vão dar com os costados lá numa cerca farpada. Façam.

ÉTICA

Erros graves e que revelam por inteiro o caráter do detrator é falar mal do ex-marido ou da ex-mulher, tanto quanto falar mal da empresa em que o linguarudo trabalha. Casamentos terminados, páginas viradas, ninguém precisa saber de nada. E quanto ao trabalho, não estás satisfeito, tens queixas da empresa? Fácil, te demite, mas não soltes a língua por aí. Muito feio.

FALTA DIZER

Se alguém aparecer em sua casa se oferecendo como jardineiro, eletricista, pintor, diarista, o diacho, peça uma comprovação de no mínimo duas centenas de trabalhos feitos, onde e para quem. Sem isso, nada feito. É muito bom evitar riscos. Muito.

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