Roteiro de vida
Muitos já subiram o Everest e ao descer se deram por frustrados. De um lado, claro, a conquista do monte mais alto do mundo, de outro lado, a frustração de não terem mais o que vencer na vida, afinal, os que chegaram lá são alpinistas. Um alpinista precisa ter desafios, mas o que fazer se o maior desafio já foi vencido? Essa vivência serve para nós.
Já foi dito que o melhor da viagem é a viagem, o trânsito do sair para chegar… Também já foi dito que o melhor da festa é esperar por ela… O que significam esses pensamentos? Simplesmente que não podemos nos esgotar seja no que for, e esgotar vale por “não termos mais o que fazer”… Vale muito para os que sonham com a aposentadoria e ao chegar a ela dão-se por felizes, por pouco tempo… Não precisam mais trabalhar. São um tipo especial de “suicidas”, vão continuar “aparentemente” vivas. Só aparentemente…
Voltando aos montanhistas, muitos dos que já chegaram ao topo de seus Everests a eles retornam, visam à outra vez chegar ao topo, mas por um outro lado da montanha… O mesmo topo, de modo diferente, mais arriscado até mesmo. E por quê? Simplesmente para continuarem vivos, tendo por que lutar. Deve valer para nós todos, jamais nos olharmos no espelho da vida como realizados. Quem se der por realizado, morreu…
Ter um plano, um sonho, uma luta pela frente é o ânimo da vida, óbvio que falo das pessoas saudáveis, com saúde. E quantas dessas pessoas você conhece que se “retiraram” cedo da vida, se deram por satisfeitas, realizadas? O diacho é que essas pessoas vivem mal e não discernem de onde lhes vem o mal? Vem da “inutilidade” do dia a dia, dos vazios de seus cotidianos. É preciso ter por que lutar no dia a dia. E esse “preciso de mais”, quero mais, não envolve conquistar bens materiais, se fosse o caso, os ricos viveriam felizes e por longo tempo. Felicidade vem de plenitudes, de lutas, de objetivos, de sonhos, de projetos. A pessoa, tenha a idade que tiver, precisa de um “trabalho”, de um desafio, de um ímpeto que a faça sair da cama pela manhã com uma luz diante dos olhos. Santo Deus, quantos mortos-vivos nós conhecemos, mas que esse mesmo Deus nos salve, que não sejamos nós um desses “paralíticos” da vida.
SAFADOS
Aqui não repercutiu, será que por que aqui também isso “é possível” de acontecer? Empresários, desportistas, artistas, gente “fina” dos Estados Unidos, flagrados comprando vagas, para si ou para os filhos, em famosas universidades americanas, como Yale e Stanford. Comprando. Os asnos não tinham condições de passar nas provas seletivas e compravam as vagas… E aqui, será que não acontece o mesmo? Socorro, Pai Altíssimo!
LINDA
Ela participava de um programa de televisão, noturno. Linda, lindíssima, uma cara de rara beleza, mas… Anulada pelos riscos e desenhos pelos braços e colo. Um horror. Os pais precisam dizer aos filhos que hoje o que mais reprova candidatos a empregos são as pichações pelo corpo. Os empresários nunca vão revelar as causas de reprovações. Seriam acusados de discriminação, preconceito, de tudo. Ela era linda, mas… Ficou pelo caminho…
FALTA DIZER
No Mutirão do Trabalho, em SP, promoção da Prefeitura e Sindicato dos Lojistas, havia 15 mil pessoas na fila. 15 mil, lotação de estádios… Seis mil vagas disponíveis. Ainda assim sobraram vagas. Falta qualificação à moçada, não basta querer emprego, tem que saber fazer algo benfeito. A maioria só quer o salário…
